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Cotidiano

Gonzaguinha: demolição de quiosques causa preocupação

Comerciantes foram procurados pela Secretaria de Comércio; prefeitura não confirma informação

Publicado em 03/04/2017 às 09:49

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Revitalização do Gonzaguinha teve início em setembro de 2013 e tinha prazo de um ano para o término; a obra não foi concluída e ainda há quiosques a serem entregues / Rodrigo Montaldi/DL

Incerteza. Essa é a palavra que define a situação dos permissionários da Praia do Gonzaguinha, em São Vicente. Há quase quatro anos a espera da conclusão das obras de revitalização daquela região, eles foram ‘pegos de surpresa’ com a informação de que os quiosques, recentemente construídos, podem ser demolidos e que seriam transferidos para instalações na Praia do Itararé. A prefeitura não confirma a informação, mas diz que há projeto para o local.

“Eles chamaram a gente para uma reunião na Secretaria de Comércio. Apresentaram um documento para ver quem concordava ir para os quiosques do Itararé ou outros espaços porque vão derrubar os quiosques do Gonzaguinha. Ninguém assinou porque não aceitamos sair daqui. Não terminaram a obra e já estão pensando em derrubar. Tem gente que ainda está parado sem trabalhar porque o quiosque não ficou pronto”, afirmou ao Diário do Litoral, um permissionário que não quis se identificar.

Iniciada em setembro de 2013, a obra de revitalização da orla do Gonzaguinha tinha prazo de um ano para ficar pronta. No entanto, não foi concluída até o momento. Ainda restam quiosques a serem entregues e os problemas de infraestrutura são inúmeros. Os banheiros projetados para o local ainda não ficaram prontos. Parte do calçadão não foi concluída e há restos de construções em diversos pontos.

“A obra já está há muito tempo atrasada. A empreiteira trabalha quando quer. Vieram fazer um pedaço do calçadão no dia de chuva. Tem problema no projeto elétrico. Sempre cai a luz. No ano novo mesmo a sobrecarga foi grande a ficamos no escuro. A gente que teve de correr para arrumar. Mas, mesmo assim, vão derrubar algo que custou dinheiro público? Tem que arrumar”, destacou o comerciante.

A obra, orçada em mais de R$ 3,8 milhões, é fruto de um convênio da Administração Municipal com a Agência Metropolitana da Baixada Santista (AGEM).  A revitalização da orla previa, em seu projeto inicial, a demolição e construção de novos quiosques, construção de sanitários públicos, nova iluminação, paisagismo com jardins, bancos e árvores em cada intervalo de quiosques e a construção do novo posto de salvamento dos bombeiros.

Turístico

Edson Barros, presidente do Sindicato dos Permissionários e Micro Empreendedor Individual Metropolitano da Baixada Santista, disse que foi procurado pelos permissionários do Gonzaguinha que estão apreensivos com a possibilidade de demolição dos quiosques. A entidade solicitará informações para a Prefeitura de São Vicente.

“Tem gente que trabalha na praia do Gonzaguinha há mais de 30 anos. A informação que tivemos é de que a Secretaria de Projetos Especiais tem a intenção de fazer um polo turístico no Gonzaguinha e que, para isso, precisaria remover os 24 quiosques e abrigar os permissionários no Itararé. A pergunta que fica: por que derrubar uma obra que foi feita há pouco tempo?”, questionou Barros.

Procurada, a Prefeitura de São Vicente não desmentiu, mas também não confirmou a informação dos permissionários. Disse apenas, por meio de nota, que “há proposta de revitalizar o Gonzaguinha e que o projeto será apresentado oportunamente”.

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