Gíria popular, que com certeza você já ouviu, surgiu como uma 'homenagem' a personagem

Quase todo brasileiro já ouviu falar em “talarico” — ou até mesmo já foi chamado assim em alguma situação constrangedora. Mas você sabe de onde veio esse termo que virou sinônimo de “amigo fura-olho”? A resposta está no samba carioca.

A palavra serve como apelido para quem tenta roubar a parceira ou parceiro de alguém, valendo tanto para homens quanto para mulheres.

A popularização do termo está ligada ao próprio Zeca Pagodinho. Em 1992, o sambista, junto com Serginho Procópio, lançou a música Talarico Ladrão de Mulher, que trazia o refrão marcante: “Não falo mais com Talarico, Talarico roubou minha mulher”. A canção descreve um personagem aparentemente confiável, mas cheio de malandragem, que acaba levando a mulher do “eu lírico” durante um samba.

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Zeca revelou que a inspiração veio de um personagem de mesmo nome do programa do comediante Agildo Ribeiro.

Com o tempo, o termo evoluiu e também passou a ser usado como “talaricagem”.  O sucesso foi tanto que hoje a palavra aparece em diversos dicionários informais na internet.

Zeca Pagodinho

Em suma, Zeca Pagodinho é o nome artístico do cantor e compositor Jessé Gomes da Silva Filho. Nascido e criado no bairro de Irajá, no Rio de Janeiro, ele teve desde cedo contato com o samba e as tradições culturais cariocas.

Zeca começou sua carreira nos anos 1970 como compositor e intérprete em rodas de samba, ganhando destaque por sua voz marcante e estilo descontraído. Seu primeiro grande sucesso veio com a música “Camarão que Dorme a Onda Leva”, e rapidamente se tornou um dos nomes mais populares do samba e do pagode.

Ao longo de sua carreira, Zeca Pagodinho lançou dezenas de álbuns e conquistou diversos prêmios, consolidando-se como ícone da música brasileira. Além de cantor e compositor, ele é reconhecido por sua personalidade carismática, humor irreverente e ligação com as tradições do samba de raiz.

Mesmo com o sucesso nacional, Zeca nunca deixou de valorizar suas origens e o cotidiano carioca, sempre retratando a vida simples e o espírito do povo em suas canções.