Cotidiano
A gata Junie, de cinco anos, esquia, literalmente deslizando pelo chão com seus dois bracinhos dianteiros que se curvam para dentro, deixando as patas viradas para cima
Os veterinários diagnosticaram Junie com deformidade bilateral dos membros anteriores / Reprodução/Instagram
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Junie é uma gata de cinco anos, de olhos verdes brilhantes e apaixonada por atum. Como muitos felinos, é seletiva com quem confia e mia alto quando quer atenção. Mas, ao contrário da maioria dos gatos, Junie tem uma habilidade incomum: ela esquia ao invés de andar, literalmente deslizando pelo chão. Seus dois bracinhos dianteiros se curvam para dentro, deixando as patas viradas para cima.
Ao adotar Junie, Emily ficou preocupada com a condição, temendo que ela sentisse dor. Os veterinários, no entanto, garantiram que não há sofrimento envolvido. E basta observá-la deslizando suavemente pelo piso como se cruzasse neve fresca para perceber que Junie vive bem com sua forma especial de locomoção.
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“Ela literalmente começou a fazer tudo sozinha”, contou Emily ao site The Dodo. “Foi a coisa mais fofa e engraçada que já vimos.”
Emily não planejava adotar um animal. Ela e o companheiro ainda estavam de luto pela perda recente do cachorro da família, quando um amigo os convidou para conhecer Junie, então sob cuidados temporários. A gata havia sido entregue por sua antiga família e não se adaptava à convivência com outros felinos.
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“O momento em que a conheci, eu chorei”, relembra Emily. “Pensei: ‘Você está brincando? Ela é inacreditável’.”
O primeiro encontro aconteceu num apartamento com carpete. E ali, vendo Junie caminhar apoiada nos pulsos, ficou claro para Emily que deixá-la para trás não era uma opção. Eles a levaram para casa — e foi só então que descobriram seu talento peculiar.
“A primeira vez que vimos o ‘esqui completo’ foi no nosso apartamento”, disse Emily. “Sabíamos que ela deslizaria no piso de madeira, mas não imaginávamos que seria daquele jeito.”
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O movimento é tão natural que Emily até se pergunta se alguém ensinou Junie a esquiar. “Essa é a parte que parte meu coração”, confidenciou. “Espero que alguém tenha mostrado isso a ela, ou que tenha recebido amor — porque não sabemos como foram seus primeiros anos.”
O passado de Junie ainda é um mistério. Com base em informações do abrigo Northwest Animal Companions, onde ela ficou antes da adoção, sabe-se que sua condição não foi causada por acidentes ou lesões. Os veterinários diagnosticaram Junie com deformidade bilateral dos membros anteriores. Seus ossos e ligamentos estão saudáveis, o que sugere uma possível origem neurológica.
Mas Junie não parece se importar com isso. Ela pula na cama de Emily, sobe na mesa da cozinha e brinca na varanda como qualquer outro gato. É destemida, curiosa e cheia de energia.
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“Ela sempre me surpreende com o quanto é capaz”, diz Emily. “Adoro quando a vejo fazendo algo que ninguém esperaria.”
Para tornar a vida da nova moradora mais confortável, Emily e seu parceiro adaptaram a casa. A cama do antigo cachorro agora fica sob a janela favorita de Junie — um apoio macio que ajuda quando ela salta.
Mas há uma coisa que Junie ainda resiste: dividir o amor da casa. Ter um irmãozinho felino? Não está nos planos dela.
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“Ela é muito inteligente. Sabe exatamente o que quer, o tempo todo”, afirma Emily. “E eu a amo por isso.”