Prefeitura quer coibir furtos e depredações em Mongaguá / Thiago Teves/Divulgação/PMM
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A segurança e a preservação do patrimônio público têm sido um dos maiores desafios da nova administração de Mongaguá, que completa cerca de 100 dias no comando da cidade.
Nos últimos meses, casos recorrentes de furtos e vandalismo em escolas, creches e unidades de saúde têm causado prejuízos significativos, afetando o funcionamento dos serviços e obrigando a Prefeitura a redirecionar verbas para reparos.
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Segundo o secretário de Obras Públicas, Carlos Cafema, os alvos mais comuns são cabos e barramentos de cobre das entradas de energia, portas, janelas de alumínio e equipamentos de SPDA (proteção contra raios), itens de alto valor no mercado ilegal. Cada incidente pode gerar um prejuízo médio de R$ 10 mil, além de atrapalhar o dia a dia das unidades.
Um caso recente ilustra a urgência do problema: a EMEF Professora de Souza Oliveira sofreu dois furtos de fiação em apenas 12 dias, ambos registrados como "nível de urgência 5 compromete segurança ou funcionamento parcial".
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O secretário de Segurança, Coronel Argeo Rodrigues, explica que grande parte dos furtos está relacionada à dependência química. "A busca por drogas leva indivíduos a cometer furtos. O cobre tem preço elevado no mercado, e essa é uma forma rápida de obter dinheiro", afirmou.
A situação é agravada pela falta de pessoal na Secretaria de Segurança, que não consegue repor agentes devido a concurso público suspenso. Além disso, a legislação dificulta a punição em crimes sem violência ou uso de arma.
"Um indivíduo com mais de 40 ocorrências por furto foi detido em agosto após levar um ar-condicionado da USF de Agenor. O equipamento foi recuperado, mas ele segue em liberdade", lamenta Rodrigues.
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Casos envolvendo adolescentes também são um desafio. Na sexta-feira (17), a Guarda Municipal (GM) deteve quatro jovens dentro de uma escola, onde separavam materiais possivelmente furtados. Eles foram liberados por não haver reconhecimento imediato do material pela direção da unidade.
Mesmo diante das dificuldades, a administração aposta em medidas preventivas para proteger o patrimônio:
Mapeamento de vulnerabilidade: agentes da GM visitam todas as unidades públicas para identificar pontos frágeis. O relatório será enviado à Secretaria de Obras, que instalará dispositivos de proteção contra furtos e vandalismo.
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Cartão de Prioridade de Patrulhamento: ferramenta que mapeia ocorrências criminais e direciona a GM para os locais com maior incidência. "Cada missão tem meta definida", explica Argeo.
Operações integradas: ações conjuntas com Polícia Civil, Polícia Militar, fiscalização de comércio e vigilâncias sanitária e ambiental, focadas em desmanches e ferros-velhos onde materiais furtados são vendidos.
A Prefeitura reforça que essas iniciativas representam apenas o início de um plano contínuo de proteção e recuperação do patrimônio público, com foco em prevenção e ação integrada.
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A prefeita de Mongaguá destacou que o poder público não vai se omitir.
"Quando roubam fios de uma creche, não estão apenas vandalizando um prédio público, estão prejudicando o direito de uma criança aprender, de uma mãe trabalhar tranquila e de toda a comunidade. Vamos continuar combatendo essas práticas e protegendo o que é de todos", afirmou Cristina Wiazowski.