Cotidiano
A notícia foi confirmada por meio de comunicado oficial divulgado pelo Grupo Armani. A causa da morte não foi revelada
Com fortuna bilionária, mas postura discreta, o estilista era considerado um dos homens mais poderosos e respeitados do setor fashion / Divulgação
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O mundo da moda perdeu um de seus maiores nomes. O estilista Giorgio Armani, fundador da grife homônima e símbolo da elegância minimalista, morreu nesta quinta-feira (4), aos 91 anos. A notícia foi confirmada por meio de comunicado oficial divulgado pelo Grupo Armani. A causa da morte não foi revelada.
'Il Signor Armani, como era sempre respeitosamente chamado, faleceu em paz, cercado por seus entes queridos. Incansável, trabalhou até os últimos dias, dedicando-se à empresa, às coleções e aos muitos projetos em andamento', diz a nota.
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Armani fundou sua marca em 1975, ao lado do amigo e sócio Sergio Galeotti. Em pouco tempo, suas criações minimalistas, sofisticadas e com cortes inovadores conquistaram espaço no cenário internacional. O estilista revolucionou a moda feminina ao aplicar a alfaiataria de forma andrógina, rompendo com estereótipos de gênero em uma época ainda marcada por padrões rígidos.
Nos anos 1980, após consolidar sua presença nos Estados Unidos, a grife se expandiu para a Ásia e diversificou suas linhas. Nasceram então marcas como Emporio Armani e Armani Exchange, além da linha de alta-costura Armani Privé, lançada em 2005. Perfumes, acessórios e até hotéis ajudaram a transformar o nome Armani em um verdadeiro império do luxo global.
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Nascido em 11 de julho de 1934, na província de Placência, ao norte da Itália, Giorgio Armani chegou a estudar medicina na Universidade de Milão e serviu ao exército italiano em 1957. Antes de se tornar estilista, trabalhou como vendedor na loja de departamentos La Rinascente. Sua carreira no design começou na década de 1960, ao lado da marca Nino Cerruti, passando também por Emanuel Ungaro.
A virada aconteceu em 1970, quando decidiu seguir de forma independente. A fundação da Armani em 1975 foi o ponto de partida de uma trajetória que redefiniu a moda contemporânea.
Armani sempre foi um crítico do fast fashion. Defensor de uma moda atemporal, acreditava que a durabilidade e a qualidade deveriam prevalecer sobre tendências passageiras. 'A chave, para mim, é fazer roupas à prova de envelhecimento, criadas para serem mais elegantes do que responder ao apelo de moda. Relevantes por anos, em vez de meses', afirmou em entrevista à Harper’s Bazaar, no ano 2000.
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Com fortuna bilionária, mas postura discreta, o estilista era considerado um dos homens mais poderosos e respeitados do setor fashion.
No comunicado, familiares e colaboradores destacaram o compromisso de preservar sua visão e manter vivo o espírito da grife: 'Sempre nos sentimos parte de uma família. Hoje, sentimos o vazio deixado por aquele que a fundou e cultivou com paixão e dedicação. É em seu espírito que assumimos o compromisso de levar sua obra adiante, com respeito, responsabilidade e amor'.
Giorgio Armani deixa não apenas uma marca de renome mundial, mas também um legado de elegância, inovação e resistência às pressões da moda descartável.
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