10 de Outubro de 2024 • 05:49
Em Peruíbe, a população contrária à iniciativa chegou até a pintar, em imóveis, frases dizendo não à possibilidade da termoelétrica se instalar no município / Rodrigo Montaldi/DL
A Comissão Pró-Índio de São Paulo, da Fundação Nacional do Índio (Funai), encaminhou ofício ao presidente da Companhia Ambiental do Estado de São Paulo (Cetesb), Carlos Roberto dos Santos, alertando sobre a necessidade de realização de estudo complementar ao Estudo de Impacto Ambiental/Relatório de Impacto Ambiental (EIA/RIMA), pedido pela Gastrading Comercializadora de Energias S/A, empresa responsável pelo Projeto Verde Atlântico Energias, que visa a instalação de uma termoelétrica em Peruíbe.
A Funai também enviou o termo de referência à Cetesb para indicar como o Estudo de Componente Indígena deve ser realizado. A Diretoria de Proteção Territorial (DPT) da Funai identificou a possibilidade de impactos socioambientais nas terras indígenas Peruíbe, Tenondé Porã, Guarani do Aguapeu, Piaçaguera e Itaóca. A Funai solicita que a Cetesb não emita nenhuma licença até a conclusão do estudo e nova manifestação.
Alesp
Ontem, o relator da Comissão de Constituição e Justiça da Assembleia Legislativa de São Paulo (Alesp), deputado Antonio Salim Curiati (PP) deu parecer ao Projeto de Lei 673/2017, de autoria do deputado Luiz Fernando Teixeira (PT), que proíbe a instalação da termoelétrica. Teixeira encabeça uma Frente Parlamentar, criada no último dia 30, que envolve dezenas de entidades ambientais e outros parlamentares, com o mesmo objetivo. A Frente Parlamentar é integranda por 27 deputados, sendo 4 efetivos e 23 apoiadores.
Existe um inquérito aberto pelo Ministério Público Federal para investigar o licenciamento da termoelétrica. Um dos envolvidos no inquérito, o procurador Yuri Correa da Luz, que atua na região de Registro, esteve presente na Alesp. Ele vê com “preocupação” o ritmo que é conduzido o licenciamento da usina. “Estamos apurando com rigor”, frisou.
O superintendente do Ibama no Estado de São Paulo, José Edilson Marques Dias, esteve presente e falou que o órgão se posiciona contra a instalação da termoelétrica na cidade. De acordo com ele, não existe justificativa técnica para tal. Para o superintendente do órgão nacional, a iniciativa da empresa está fadada ao erro.
A usina é composta ainda por uma linha de transmissão, um terminal offshore de gás natural liquefeito e gasodutos marítimo e terrestre. Ainda podem ser atingidas a Área de Proteção Ambiental (APA) de Cananéia-Iguape-Peruíbe e a Estação Ecológica Juréia-Itatins, em prejuízo do meio ambiente local e das atividades de pescadores e de coletores que vivem e trabalham na região.
Gaema
A promotora pública Nelisa Olivetti de França Neri de Almeida, do Grupo de Atuação Especial de Defesa do Meio Ambiente (Gaema) da Baixada Santista, também abriu inquérito civil para acompanhar o processo de licenciamento. Conforme consta no processo inicial, a promotora já pediu às promotorias das sete cidades que serão atingidas pelo empreendimento se há inquéritos civis abertos sobre a questão, que vem ‘tirando o sono’ dos moradores de Peruíbe e região.
A empresa já se manifestou garantindo que o empreendimento não causará riscos ao meio ambiente.
Cotidiano
Cidade do litoral de SP recebe festival de cinema feito por mulheres
Festival Ilhabela Sevens de Rugby acontece neste fim de semana no Litoral de SP
Cidade do litoral de SP tem festival em homenagem aos 116 anos da imigração japonesa
Diário Mais
As chances são mínimas, porém, não são zeradas, como muitos, sem conhecimento, defendem
Diário Mais
Com um peso impressionante de 1 kg, o lanche já pode ser encontrado na Praça Barão do Rio Branco, em São Vicente