O grupo de pesquisadores utilizou as cinzas do murumuru como uma espécie de aditivo ao concreto / Pexels
Continua depois da publicidade
Conhecido por seu uso na indústria de cosméticos, o murumuru — fruto da floresta amazônica — pode agora ganhar espaço na construção civil. Uma pesquisa da Universidade Federal do Pará (UFPA) revelou o potencial do murumuru em novas aplicações fora do setor de beleza
Em resumo, o grupo de pesquisadores utilizou as cinzas do murumuru como uma espécie de aditivo ao concreto.
Continua depois da publicidade
Como já mencionado, por conta de suas propriedades hidratantes, o murumuru é amplamente utilizado na fabricação de sabonetes, cremes e xampus.
Além de melhorar o desempenho do cimento, essa descoberta traz benefícios ambientais e pode impulsionar o surgimento de novos mercados.
Continua depois da publicidade
O artigo é oficialmente intitulado "Estudo da potencialidade da cinza da casca do murumuru, um resíduo agroindustrial amazônico, como filler no concreto estrutural" e foi defendido em 2022.
A escolha do fruto se deu devido ao grande volume de descarte e ao seu baixo aproveitamento.
A pesquisa teve início com a coleta das cascas e contou com o apoio de uma cooperativa responsável pelo processamento do fruto. Após serem queimadas a 200°C e peneiradas até se tornarem um pó fino, as cascas foram adicionadas ao concreto e às argamassas.
Continua depois da publicidade
Diversos testes foram realizados para garantir a qualidade do material incorporado. O avanço da ciência no Brasil pode trazer outros frutos. Veja também que uma Ilha perdida no Atlântico do tamanho da Islândia pode mudar economia do Brasil
Não é exagero afirmar que o cimento é uma das substâncias mais utilizadas em todo o planeta.
Apesar desse protagonismo, ele é responsável por uma quantidade alarmante de dióxido de carbono (CO), um dos principais gases responsáveis pelo aquecimento global.
Continua depois da publicidade
É justamente nesse ponto que a descoberta se destaca: afinal, a indústria do cimento responde por cerca de 8% de todas as emissões globais de CO.