Cotidiano

Frio provoca efeito 'mais 5 minutos na cama'

O frio, um pouco mais suave, deve continuar até o feriado de Corpus Christi, nesta quinta-feira (26)

Folhapress

Publicado em 24/05/2016 às 20:13

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A madrugada de terça foi a mais gelada do ano na cidade de São Paulo / Divulgação

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Gabriel Gragnani, 20, acordou, pôs a roupa e desistiu. Estava muito frio. "Voltei para a cama e joguei o edredom por cima, para me esquentar. Só que acabei dormindo de novo", conta o estudante. Ele despertou pouco tempo depois, com uma bronca da mãe, já estava atrasado para as aulas da faculdade.

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Assim como Gragnani, muitos paulistanos tiveram que fazer um esforço adicional para sair da cama nesta terça (24), quando a temperatura mínima atingiu 9,5°C, batendo o recorde do ano, de acordo com o Inmet (Instituto Nacional de Meteorologia).

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A estudante Fátima Youssef, 20, também chegou tarde para a aula da faculdade de Direito, marcada para as 7h30. "Desliguei o alarme, sei lá como, e dormi. Acordei uma hora depois", lamenta.

Já a doméstica Carticilene Rodrigues, 41, não se atrasou para o trabalho. Ela saiu de Pirituba, às 7h. Mas, mesmo com três camadas de roupa, casaco de lã e cachecol, passou frio à espera do ônibus.

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"Nunca me acostumei com essas temperaturas", diz a nordestina, que chegou a SP há 17 anos. "Dá muita preguiça, frio só é bom para dormir."

A madrugada de terça foi a mais gelada do ano na cidade de São Paulo. Até então, o recorde havia sido registrado no dia 2 de maio (10°C), segundo o Inmet. A previsão para a madrugada desta quarta-feira é de 10°C, de acordo com o meteorologista Franco Vilela, do instituto. A tendência é que as temperaturas mínimas aumentem ligeiramente nos próximos dias.

O recorde desta terça, considerando a série dos meses de maio do Inmet, é a menor temperatura registrada desde 31 de maio de 2007. Em relação a dias corridos, é a temperatura mais baixa desde 27 de setembro de 2013.

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O frio, um pouco mais suave, deve continuar até o feriado de Corpus Christi, nesta quinta (26), que deve ter também períodos de chuva na Grande São Paulo e em outras regiões do Estado.

Michael Pantera, meteorologista do CGE (Centro de Gerenciamento de Emergências do município), afirma que a queda da temperatura se deve à entrada de uma massa de ar de origem polar que chegou ao Estado na segunda (23).

Comemoração

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Muitos paulistanos comemoraram a chegada da frente fria. A estudante Flávia Moraes, 27, acredita que tem mais energia para trabalhar e sair de casa quando as temperaturas baixam. Para a funcionária pública Vera Liz Pinto, 56, o frio permite usar roupas mais elegantes. "Eu gosto, acho que dá um tchã no visual das pessoas."

Menina é um exemplo disso. A cadela, de 6 anos, passeava pela Paulista com um vestidinho rosa, estampado de patinhas e flores de crochê. "Se não usar roupa, ela fica soluçando, por causa do frio", afirma seu dono, o aposentado Oldemar de Oliveira, 80. "A Menina tem quatro vestidos de inverno", conta.

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