Cotidiano
Quem fez o registro foi o técnico mecânico e fotógrafo, André Augusto de Camargo, 52 anos e membro do Clube de Observadores de Aves de Sorocaba (COAVES)
André disse que ficou triste com a cena que registrou / André Augusto de Camargo
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Um registro triste foi feito em Peruíbe, no último final de semana, quando uma Gaivota (Larus dominicanus) foi fotografada carregando uma garateia (aparelho de pesca formado com vários anzóis) presa no bico.
Quem fez o registro foi o técnico mecânico e fotógrafo, André Augusto de Camargo, 52 anos e membro do Clube de Observadores de Aves de Sorocaba (COAVES), que disse ter ido até a cidade com a intenção de registrar a Marreca-cacau (Nomonyx dominicus) e que estava sendo guiado pelo biólogo e Guia de aves, Fábio Barata.
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“No momento da foto, estávamos observando os maçaricos. O gaivotão é um bicho bastante comum e a gente nem dá muita atenção, mas dessa vez tinha uma amiga que estava encantada com a possibilidade de fazer a foto dele mais de perto, então, quando vi um voando em nossa direção, disse para ela aproveitar para fazer a foto. Eu também comecei a clicar e percebi que havia algo diferente ali, a princípio, achei q era uma presa, partes de uma caravela portuguesa, já que avistamos várias na areia, mas percebi a pata junto ao bico e só aí entendi que era um enrosco, talvez um plástico, continuei a clicar e só depois consegui identificar o tamanho do problema que aquele animal estava enfrentando”
André disse que ficou triste com a cena que registrou, da piora do ser humano em relação ao lixo e da falta da esperança por dias melhores:
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“O sentimento é sempre de frustração, porque a cada dia o ser humano ao invés de melhorar, só piora. Todos os dias vemos adultos e crianças jogando lixo nas ruas, indústrias derramando rejeitos tóxicos nos rios, como ocorreu em Piracicaba, que inclusive afetou a avifauna local. A esperança é a última que morre, mas confesso que a minha esperança na humanidade já partiu”, disse
Essa espécie pode ser encontrada em grande parte do hemisfério sul. No Brasil, a sua ocorrência é, principalmente, entre o Espírito Santo e a Terra do Fogo, na Argentina, além das ilhas próximas à Antártida.
No litoral de São Paulo, pode ser encontrada em todas as cidades, durante quase todo o ano.
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