Cotidiano
A campanha é baseada em estudos que comprovam que as flores dessa espécie contêm substâncias tóxicas letais para diversas espécies de abelhas nativas
A espatódea é nativa das regiões tropicais da África Ocidental e é uma árvore de grande porte, podendo atingir até 25 metros de altura / Reprodução
Continua depois da publicidade
O Instituto do Meio Ambiente de Santa Catarina (IMA) lançou uma campanha para alertar a população sobre os riscos ambientais da espatódea (Spathodea campanulata) e reforçar o cumprimento da Lei Estadual nº 17.694/2019, que proíbe a produção, o plantio e a manutenção dessa planta em todo o território catarinense.
A campanha, intitulada 'Flora Exótica Tóxica para a Fauna', é baseada em estudos que comprovam que as flores dessa espécie contêm substâncias tóxicas letais para diversas espécies de abelhas nativas, além de serem prejudiciais à abelha exótica Apis mellifera.
Continua depois da publicidade
De acordo com especialistas, as toxinas podem estar presentes no pólen, no néctar ou na mucilagem das flores, o que resulta na morte dos insetos e compromete a polinização — um serviço essencial para a manutenção da biodiversidade e da produção agrícola.
O governo de Santa Catarina anunciou que aplicará uma multa de mil reais para quem plantar espatódeas, também conhecida como 'flor assassina', em todo o território do estado.
Continua depois da publicidade
Além disso, as árvores já existentes em propriedades privadas podem requerer autorização prévia da prefeitura para o corte. As plantas localizadas em vias públicas, por sua vez, ficam sob a responsabilidade da administração municipal.
A espatódea é nativa das regiões tropicais da África Ocidental e é uma árvore de grande porte, podendo atingir até 25 metros de altura. Ela foi amplamente utilizada na arborização urbana de várias cidades brasileiras. No litoral de São Paulo, pode ser encontrada em praticamente todas as cidades da região.