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Choveu dentro da sala de aula 4 da Escola Estadual Cleóbulo Amazonas Duarte, na manhã da última terça-feira (24), e acabou suspendendo as aulas do período. Este foi o cenário exibido em um vídeo enviado ao Diário do Litoral (confira abaixo). Segundo a Diretoria Regional de Ensino (DRE), o grande vazamento foi causado pela soma das fortes chuvas com uma fissura no teto da sala de aula, ocasionada por conta das obras de anexação da diretoria à escola.
Em entrevista ao DL, o diretor regional de ensino, João Bosco, explicou que o problema já foi resolvido. "Apenas a sala 4 alagou. Tivemos que suspender as aulas porque acabou a luz do prédio. Mas à noite, as aulas voltaram ao normal. Não houve prejuízos. As carteiras e cadeiras foram enxutas. Além disso, uma lona foi colocada no telhado para evitar novos alagamentos", afirma.
As obras na escola começaram em maio deste ano e, segundo Bosco, devem durar 180 dias, ou seja, no mês de novembro. "É uma obra de grande porte e traz incômodos. Antes de a diretoria chegar à escola, fizemos uma reunião com os pais e explicamos tudo que seria feito. Tudo foi explicado", conta. Segundo o diretor, as intervenções na unidade contemplam as trocas totais de telhado, rede elétrica, rede hidráulica e piso da escola.
Bosco lembra ainda que a reforma geral da quadra da escola já foi entregue e que o projeto de revitalização da escola trará novos espaços para a sala de leitura e para o laboratório, que já estava desativado quando as aulas começaram.
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Essa é uma das reclamações do aluno do 1º ano, Lucas Lima. "Não temos mais laboratório e nem sala de vídeo. O laboratório virou sala de aula e a mesa da professora tem duas pias", comenta. Ele e o amigo de classe Hadilton Save explicam que a reforma na escola está prejudicando o andamento das aulas. "Ontem saímos depois do intervalo porque vazou água pelas paredes de várias salas. Antes da reforma, estávamos em uma sala maior e com ventilador. Agora não temos ventilador e nem lousa, a nossa lousa é uma parede pintada", comenta Lucas. "Sem falar que nossa sala fica do lado em que os pedreiros ficam. E eles falam alto e fumam, atrapalha a aula", completa Save.
Segundo o diretor regional de ensino, os funcionários da obra trabalham o tempo todo que estão na escola. "A Diretoria de Ensino fica na escola agora e não vê essas coisas acontecerem. Se isso realmente acontecesse, os docentes veriam também. Essa acusação não procede", esclarece Bosco.
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Em contraponto, alunos do 2º ano aprovam as intervenções do Estado na escola. "Vai ser bem melhor. A quadra está bem legal. Antes tinha poucos alunos nas salas de aula", explica Tauã Amaro. "Está tudo melhor dividido e a suspensão de ontem (terça-feira,dia 24) não atrapalhou em nada nas aulas, não perdemos nada de importante", comenta Matheus Rodrigues.
A escola funciona desde 1979 no bairro da Encruzilhada. A anexação da DRE ocupa 12 salas, segundo o diretor de ensino. "As salas estavam ociosas e a sala de leitura foi instalada em outro local da escola", explica.
Número de alunos
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Bosco afirma que, com a reforma na escola e anexação da DRE, não haverá diminuição no número de vagas na escola. "Quem decide o número de vagas no próximo ano é a população. E a cada ano há uma procura menor, não só no Cleóbulo, mas em todas as unidades de ensino da Cidade. Eu acredito que isso se deva ao custo de vida alto, que fez as famílias de classe média e baixa migrassem para as cidades vizinhas, e também por conta do envelhecimento da população", explica.
No entanto, em indicação ao governador Geraldo Alckmin, feita na última terça-feira, a deputada estadual Telma de Souza (PT) denunciou que os professores passam por situações vexatórias e são obrigados a fazer uma "contagem diária de alunos nas salas de aula, como forma de confirmar que as informações passadas, no tocante à quantidade de estudantes da unidade, de fato, procedem. Sabe-se, porém, que a desidratação das salas de aula são estimuladas pela própria Diretoria de Ensino, que ano a ano diminui a oferta de vagas". Telma encaminhou o documento ao governador após denúncias de professores e funcionários, indignados após inundação na escola.
Assista ao vídeo abaixo e clicando aqui:
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