Cotidiano
Medicamento da mesma classe do Ozempic dispensa aplicações e obteve resultados expressivos em estudo global; Brasil foi um dos países participantes da pesquisa
Fim das injeções? Comprimido contra obesidade pode ajudar a perder 20% do peso corporal / Reprodução/Pexels
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O comprimido que pode ajudar a reduzir até 20% do peso corporal pode chegar às farmácias mais rápido do que se imagina. O orforglipron é um medicamento oral desenvolvido pela farmacêutica Eli Lilly.
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Um estudo internacional acompanhou o uso da substância durante 72 semanas em pessoas com obesidade. No total, 3.127 pacientes de nove países (EUA, China, Brasil, Índia, Japão, Coreia do Sul, Espanha, Eslováquia e Taiwan) participaram da pesquisa, que trouxe resultados significativos para o futuro dos tratamentos contra a obesidade.
Da mesma classe do Ozempic, os agonistas do receptor de GLP-1, o orforglipron se diferencia por ser administrado por via oral, em vez de injeção, o que pode facilitar o acesso e aumentar a adesão ao tratamento.
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Na fase 3 do estudo, o comprimido foi administrado uma vez ao dia, em doses de 6 mg, 12 mg ou 36 mg, aliado a uma rotina com dieta saudável e prática de atividade física, durante 72 semanas. Todos os pacientes tinham obesidade, mas não eram diabéticos. O desfecho principal foi a variação percentual do peso corporal entre o início e a semana 72.
Os dados mostraram que o orforglipron apresentou resultados promissores. Pacientes que receberam a dose de 36 mg tiveram uma redução significativa de peso, cerca de 54,6% perderam 10% ou mais do peso corporal. E 1/5 dos participantes perderam ao menos 20% do peso.
Além disso, foram observadas melhorias em indicadores de saúde, como pressão arterial, colesterol e triglicerídeos. Os efeitos colaterais mais comuns foram gastrointestinais, geralmente leves a moderados — padrão já esperado para medicamentos da mesma classe.
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Segundo os autores do estudo, o orforglipron pode ampliar as opções de tratamento da obesidade, especialmente para grupos que não têm acesso a medicamentos injetáveis por causa do custo ou da forma de administração.
No entanto, mesmo com os resultados positivos, o comprimido ainda não foi aprovado por agências regulatórias. Estudos adicionais, que comparem sua eficácia diretamente com outros medicamentos já disponíveis, ainda são necessários.
E é importante frisar que mesmo com o comprimido, a pesquisa acompanhou os pacientes com uma rotina de exercícios e alimentação saudável.
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