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O anúncio do governo colombiano de entregar a camponeses 500 mil hectares que teriam sido usurpadas pelas Forças Armadas Revolucionárias da Colômbia (Farc) provocou reação contrária da guerrilha hoje (22). Segundo um comunicado do líder máximo das Farc, Timoleón Jiménez, conhecido como Timochenko a atitude do governo “coloca em dúvida se o governo quer mesmo a paz”.
No comunicado, a guerrilha pediu a criação de uma comissão composta por representantes do governo, da Farc e de organizações sociais para investigar a situação real das terras em San Vicente de Caguán, departamento de Caquetá, Sudeste do país, onde o presidente Juan Manuel Santos, anunciou esta semana, a entrega de títulos aos camponeses.
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Timochenko destacou no texto que “acreditava na sinceridade do presidente Santos, ao dizer que queria ficar na história como o presidente que conseguiu a paz na Colômbia”, disse. “Mas seu comportamento e suas palavras em San Vicente del Caguán nos deixaram perplexos”, completou.
Durante a entrega dos títulos aos camponeses, Santos declarou que as terras que entregues eram de propriedade do Estado e que haviam sido usurpadas pela guerrilha.
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Timochenko ressaltou que o presidente, durante o ato em Caguán, não fez referência às negociações de paz. “Nenhuma vez, Santos mencionou o processo de paz. É assim que o governo quer criar um ambiente propicio para o diálogo?”, indagou no texto lido em Havana (Cuba).