Cotidiano

Famoso destino turístico brasileiro começará a cobrar taxa de entrada em 2026

A medida, sancionada pela prefeitura e já regulamentada, busca controlar o fluxo de visitantes, reduzir congestionamentos e garantir a preservação ambiental nas áreas turísticas

Ana Clara Durazzo

Publicado em 13/10/2025 às 11:00

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O dinheiro será destinado a projetos de mobilidade, infraestrutura e preservação costeira, como melhorias em sinalização, controle de tráfego e ações de limpeza e conservação ambiental / Divulgação/Prefeitura de Porto Seguro

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A partir de 1º de janeiro de 2026, os turistas que visitarem Porto Seguro (BA) — um dos destinos mais procurados do litoral brasileiro — passarão a pagar uma Taxa de Preservação Ambiental (TPA) para ingressar na cidade com veículos próprios. A medida, sancionada pela prefeitura e já regulamentada, busca controlar o fluxo de visitantes, reduzir congestionamentos e garantir a preservação ambiental nas áreas turísticas.

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O sistema também abrangerá os distritos de Arraial d’Ajuda, Trancoso e Caraíva, integrando o que a gestão municipal chama de 'plano de turismo sustentável' para toda a região.

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Como vai funcionar a TPA em Porto Seguro

A cobrança será totalmente eletrônica, feita por câmeras de leitura automática de placas, sem pedágios ou barreiras físicas. O objetivo é evitar filas e impactos no trânsito.

O valor será calculado por tipo de veículo e tempo de permanência, com diárias limitadas a 10 dias por mês.

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Valores da taxa diária:

Motocicletas: R$ 3,00

Carros de passeio: R$ 9,90

Caminhonetes e utilitários: R$ 12,90

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Vans de excursão: R$ 30,00

Micro-ônibus, motorhomes e caminhões: R$ 45,00

Ônibus: R$ 70,00

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Carretas e cegonhas: R$ 90,00

O pagamento poderá ser feito on-line ou em postos credenciados. Quem descumprir a obrigação poderá ser multado em 50% do valor devido.

Quem será isento

Moradores, veículos licenciados no município, serviços públicos essenciais, transporte urbano e visitantes que ficarem por menos de 8 horas em Porto Seguro não precisarão pagar a taxa.

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Prestadores de serviço das cidades vizinhas terão desconto de 50%, e os que se cadastrarem antecipadamente poderão obter isenção total.

Objetivo da cobrança

Segundo a prefeitura, a TPA não tem foco arrecadatório, mas sim ambiental e de gestão urbana. O dinheiro será destinado a projetos de mobilidade, infraestrutura e preservação costeira, como melhorias em sinalização, controle de tráfego e ações de limpeza e conservação ambiental.

'A taxa visa equilibrar o turismo crescente com a qualidade de vida dos moradores e a preservação do patrimônio natural', informou a gestão municipal.

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O município recebe mais de 2 milhões de visitantes por ano, e enfrenta desafios como carros de aluguel em excesso, motorhomes estacionados por longos períodos e congestionamentos em áreas turísticas, especialmente em Arraial d’Ajuda e Trancoso.

Fase de testes e implementação

Durante outubro deste ano, Porto Seguro iniciou uma fase piloto sem cobrança, apenas com campanhas educativas voltadas a turistas, motoristas e agências de viagem.
A operação definitiva começará em 2026, após o período de ajustes técnicos do sistema, que será gerido pela empresa Eco Porto Seguro, responsável pelo monitoramento eletrônico e fiscalização.

Outras cidades com taxa semelhante

Com a adoção da TPA, Porto Seguro se junta a outros destinos turísticos brasileiros que já aplicam taxas ambientais, como Fernando de Noronha (PE), Bombinhas (SC), Ubatuba (SP) e Ilha Grande (RJ).

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Todas têm em comum o objetivo de controlar o impacto ambiental do turismo, especialmente em áreas de preservação ou de grande fluxo sazonal.

Turismo sustentável em pauta

A administração municipal afirma que a medida faz parte de um modelo de turismo sustentável, que busca preservar os atrativos naturais sem prejudicar a experiência dos visitantes.

'A ideia é organizar o trânsito, evitar superlotação e garantir que Porto Seguro continue sendo um destino de referência, mas com equilíbrio entre turismo, meio ambiente e mobilidade', diz nota da Prefeitura.

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Com praias paradisíacas, centros históricos e vilas icônicas como Trancoso e Caraíva, Porto Seguro dá um passo para se tornar um exemplo de gestão turística e ambiental no Brasil — unindo tecnologia, preservação e planejamento urbano para o futuro do litoral baiano.

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