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Uma bomba explodiu em um café lotado nesta sexta-feira na disputada cidade de Kirkuk, matando ao menos 19 pessoas e ferindo várias outras na última onda de ataques sangrentos no Iraque deste o começo do mês sagrado do Ramadã, que começou no início desta semana.
O Iraque está sendo atingido pela maior onda de ataques sangrentos em mais de uma década. Mais de 2.600 pessoas já foram mortas desde o começo de abril, elevando temores de que o país está novamente à beira de uma guerra civil, uma década após Saddam Hussein ter sido deposto durante invasão do país pelos EUA.
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A bomba explodiu no Clássico Café ao sul de Kirkuk, 290 quilômetros ao norte de Bagdá, onde clientes tomavam chá, informou a polícia. A cidade é um misto de etnias que competem pela rica região de petróleo. Os curdos querem incorporar a área à região governada por eles ao norte do Iraque, mas os árabes se opõem. A suspeita é que extremistas árabes sunitas, com o objetivo de exacerbar as tensões étnicas na região estejam por trás dos ataques na região que representa um desafio para o governo do Iraque dominado pelos xiitas.
No o ataque ao café 26 pessoas também ficaram feridas e o número de mortos sobiu para 24 pessoas apenas nesta sexta-feira.
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Horas após o ataque em Kirkuk, o sunita Salah al-Nuaimi pediu calma entre os iraquianos durante o sermão xiita-sunita nesta sexta-feira em Bagdá, que tem por objetivo enfraquecer as tensões. "Todos nós amamos o Iraque, somos todos iraquianos e queremos estar unidos. Queremos interromper o derramamento de sangue e construir e desenvolver o Iraque."
No início da sexta-feira, um carro bomba explodiu um carro de polícia ao norte da cidade de Mosul, matando quatro policiais, informou a polícia a 360 quilômetros ao noroeste da capital do Iraque.
Nas imediações da cidade de Tikrit, a 130 quilômetros de Bagdá, um homem armado com pistolas com silenciador matou um policial.
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Na quinta-feira, ataques ocorreram em meio a uma onda de violência que já mais de 250 pessoas até agora neste mês.
Analistas apontam um descontentamento generalizado na comunidade sunita, minoria no Iraque, e o fracasso das autoridades xiitas em resolver suas queixas como os principais fatores que impulsionam o aumento da violência.
Em um único incidente na quinta-feira, homens armados mataram 11 policiais encarregados de proteger a infraestrutura petrolífera do país e três soldados na estrada entre Haditha e Baiji, a noroeste da capital iraquiana.
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Em outro ataque, um carro-bomba explodiu em um funeral, onde membros da família de um homem xiita estavam recebendo condolências em Muqdadiyah, a nordeste de Bagdá. Em seguida, um homem-bomba detonou explosivos quando a equipe de emergência chegou. As explosões mataram um total de 10 pessoas e feriram 22
Um carro-bomba perto de um salão religioso xiita perto de Dujail, ao norte de Bagdá, matou nove pessoas e feriu 21.
Muitas pessoas se reúnem em lugares de culto à noite, durante o mês sagrado do Ramadã, que começou no início desta semana.
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Militantes sunitas, incluindo aqueles ligados à Al-Qaeda frequentemente visam atingir membros da maioria xiita do Iraque, que consideram como apóstatas.
O Iraque foi assolada pela violência sectária que matou dezenas de milhares de pessoas nos últimos anos e há temores persistentes de que as tensões novamente levem a um conflito generalizado.
As forças de segurança também são frequentemente alvos de ataques.
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A violência no Iraque diminuiu desde o seu pico, no auge do conflito sectário, em 2006 e 2007, mas o número de mortes em ataques têm aumentado desde o início de 2013.