26 de Abril de 2024 • 22:52
Cotidiano
Segundo Carlos Meschini, diretor regional do Secovi na região, até o momento, a expectativa de crescimento imobiliário para a Baixada Santista gira em torno de 0,89% a 1%.
O crescimento imobiliário se caracteriza pela quantidade de lançamentos de imóveis, e não no aumento dos preços. / Rodrigo Montaldi/DL
No início deste mês, o Comitê de Política Monetária (Copom) anunciou a decisão de cortar a taxa básica de juros (Selic) para 6,65% ao ano. A medida, segundo o Banco Central do Brasil, deu novo ânimo à economia e de acordo com o Secovi (Sindicato da Habitação – SP), pode estimular o crescimento do mercado imobiliário em até 10% neste ano. Mas, a expectativa é para a Região Metropolitana de São Paulo. Na Baixada Santista, o cenário é outro.
Segundo Carlos Meschini, diretor regional do Secovi na região, até o momento, a expectativa de crescimento imobiliário para a Baixada Santista gira em torno de 0,89% a 1%.
“Em meados de junho, julho, publicaremos o resultado de uma pesquisa mais completa sobre o nosso panorama, mas acredito que a perspectiva varie de 3% a 5% no máximo”, acredita Carlos.
Meschini explica que São Paulo reage primeiro à melhora na economia por diversos fatores, entre eles o número de pessoas empregadas. Também especifica que o crescimento imobiliário se caracteriza pela quantidade de lançamentos de imóveis, e não no aumento dos preços.
“Quando acontece uma crise, a nossa região é a primeira a cair e a última a se levantar. Isso se reflete também pela promessa do pré-sal que não aconteceu e deixou muitos imóveis parados”, detalha.
Entenda
A redução da taxa Selic é bem vista porque aumenta a atratividade da poupança, e da poupança vem mais possibilidade de crédito para aquisição de imóveis. Os principais bancos também anunciaram uma nova redução das taxas de juros cobradas no crédito para pessoas físicas e empresas, mais um atrativo ao consumidor.
Para o advogado Rogério Marques da Silva, proprietário da Imobiliária Marques, a esperança de melhora existe, mas isso deve acontecer lentamente.
“Percebo o aumento de negócios fechados, comparados a 12,18 meses atrás, mas ainda há segmentos de imóveis de valor elevado que encontram muita dificuldade. Negocia-se mais facilmente imóveis até 300 mil para compra/venda e locação residencial em até R$ 2.500,00”, explica.
Ele diz que o aumento dos negócios fechados também se deve a vendedores mais flexíveis a propostas, tanto em preço como em garantias, devido prolongamento da crise.
Já para novos lançamentos na região, Marques não está otimista porque o mercado ainda está instável e há muito imóvel em estoque, “fora os que estão retornando às construtoras por devolução de financiamento. Tenho a impressão que existe muito mais oferta que demanda”, completa.
Quanto há valores, o especialista diz que caíram timidamente, mas em negociação, há uma margem maior de redução. “O binômio preço e flexibilidade é a chave mestra para fechar negócio. E os endinheirados, compradores em potencial, simplesmente retraíram, esparrando o mercado com medo de queda ainda maior nos preços”, conclui.
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