Homenagem do presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) aconteceu durante a passagem de Bashar Al-Assad no Brasil / Marcelo Camargo/Agência Brasil
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O ex-presidente sírio Bashar Al-Assad já foi homenageado pelo presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT), durante sua passagem pelo Brasil, em junho de 2010. Na época o petista estava em seu segundo mandato.
A homenagem aconteceu em retribuição à viagem de Lula a Damasco, em dezembro de 2003. Essa havia sido a primeira visita do presidente sírio ao Brasil e coincidiu com a comemoração dos 130 anos da imigração árabe ao país.
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Bashar ainda chegou a ser recebido pelo então presidente da Câmara dos Deputados, Michel Temer, e do Senado, José Sarney.
Na ocasião, ainda foram assinados acordos para cooperação jurídica e um acordo de transferência de pessoas condenadas, assim como um programa de cooperação na área de saúde e educação.
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Durante o período de 2003 a 2009, a corrente comercial entre os dois países passou de US$ 78 milhões para US$ 703 milhões.
A visita em questão aconteceu durante os protestos contra o seu regime, por ocasião da Primavera Árabe. A ideia de Bashar era conseguir apoio político na América Latina e passou também por países como Cuba, Venezuela e Argentina.
O deputado federal Sóstenes Cavalcante (PL-RJ, mas na época pertencia ao DEM), apresentou um projeto na Câmara para revogar a condecoração de Lula a Bashar Al-Assad. De acordo com Cavalcante, ele "já era uma figura reconhecida internacionalmente como tirano e criminoso de guerra".
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O projeto começou a caminhar apenas em 2023, onde na ocasião ele foi relatado pelo deputado federal Rodrigo Valadares (União-SE), favorável à revogação da homenagem.
Desde então o projeto se encontra parado na Comissão de Relações Exteriores e Defesa Nacional (CREDN), assim como na Comissão de Constituição e Justiça e de Cidadania (CCJ).