Cotidiano

Estudo revela até 240 mil partículas de plástico em um litro de água engarrafada

Um estudo realizado por cientistas revelou que a concentração de plástico em águas engarrafadas pode ser de 10 a 100 vezes maior do que se estimava

Ana Clara Durazzo

Publicado em 10/07/2025 às 12:12

Atualizado em 10/07/2025 às 16:07

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Ao analisar diversas marcas, os pesquisadores encontraram uma média impressionante de 240 mil fragmentos de plástico por litro / Freepik

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As micropartículas de plástico estão em toda parte, inclusive na água que bebemos. Um estudo realizado por cientistas das universidades de Columbia e Rutgers, nos Estados Unidos, revelou que a concentração de plástico em águas engarrafadas pode ser de 10 a 100 vezes maior do que se estimava anteriormente.

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Ao analisar diversas marcas, os pesquisadores encontraram uma média impressionante de 240 mil fragmentos de plástico por litro. “Uma garrafa comum de um litro pode conter até 250 mil partículas de polímero, que têm potencial para entrar na corrente sanguínea e se alojar em órgãos como o cérebro, o coração e os rins”, alertam os autores.

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Micro e nanoplásticos: o que são e por que preocupam

Publicado na revista Proceedings of the National Academy of Sciences (PNAS) em 2024, o estudo distingue dois tipos de partículas: cerca de 10% são microplásticos (com tamanho entre 5 milímetros e 1 micrômetro), enquanto 90% são nanoplásticos, ainda menores, com menos de 1 micrômetro.

Essas partículas minúsculas são especialmente preocupantes por sua capacidade de imitar componentes naturais das células humanas. “Quanto menores, mais fácil é para o organismo confundi-las com elementos celulares”, explica Wei Min, professor de Química da Universidade Columbia e coautor do estudo.

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Nova tecnologia para um problema invisível

Para detectar e classificar as partículas, os cientistas utilizaram uma técnica de ponta: a microscopia de espalhamento Raman estimulado, aliada a inteligência artificial. A combinação permitiu identificar com precisão sete tipos diferentes de polímeros presentes nas amostras.

O estudo reforça preocupações crescentes sobre os impactos dos micro e nanoplásticos na saúde humana, especialmente quando presentes em itens de consumo diário, como a água engarrafada.

Analgésico sustentável?

Pesquisadores da Universidade de Edimburgo, na Escócia, desenvolveram uma técnica inovadora que utiliza bactérias geneticamente modificadas para transformar resíduos plásticos em paracetamol.

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O avanço, publicado na revista Nature Chemistry, representa um marco na busca por soluções sustentáveis para o reaproveitamento de materiais descartados.

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