Cotidiano
A pesquisa sugere que reduzir a ingestão desse tipo de proteína e priorizar fontes vegetais pode contribuir para a prevenção da obesidade, especialmente entre adolescentes
O consumo de carne deve ser equilibrado com alimentos vegetais para promover benefícios tanto à saúde humana quanto ao planeta / Freepik
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Um novo estudo conduzido pela Universidade Federal de Santa Catarina (UFSC) identificou uma possível relação entre o consumo elevado de proteína animal e o aumento do risco de sobrepeso e obesidade. A pesquisa sugere que reduzir a ingestão desse tipo de proteína e priorizar fontes vegetais pode contribuir para a prevenção da obesidade, especialmente entre adolescentes.
Um estudo também apontou que não há quantidade segura de carne processada para consumo.
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O trabalho, publicado no periódico científico Nutrition, Metabolism and Cardiovascular Diseases, integra o pós-doutorado da pesquisadora Liliana Paula Bricarello, do Programa de Pós-Graduação em Nutrição.
Com base em dados do ERICA (Estudo de Risco Cardiovascular em Adolescentes), uma pesquisa nacional realizada entre 2013 e 2014 em escolas públicas e privadas, os pesquisadores analisaram participantes com idades entre 8 e 89 anos.
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O grupo de adolescentes, no entanto, apresentou os dados mais expressivos: os que consumiam menos proteína animal e mais proteína vegetal mostraram menor risco de obesidade e acúmulo de gordura abdominal.
A análise foi de caráter transversal e observacional, mas os resultados seguem tendências já observadas em outras pesquisas nacionais e internacionais.
A pesquisadora explica que o grupo já havia observado sinais da relação entre o excesso de proteína animal e o aumento do peso corporal, o que motivou uma investigação mais aprofundada. Segundo Liliana, os dados estão alinhados com as recomendações da Comissão EAT-Lancet, que propõe uma dieta saudável e sustentável, com ênfase em vegetais e consumo moderado de carne vermelha e processada.
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Liliana enfatiza que o consumo de carne deve ser equilibrado com alimentos vegetais para promover benefícios tanto à saúde humana quanto ao planeta.
Além do artigo já publicado, o estudo também gerou dois resumos apresentados em congressos científicos e um segundo artigo, que está atualmente em avaliação pela revista Clinical Nutrition.