14 de Setembro de 2024 • 17:14
Nunca é tarde para adquirir novos conhecimentos. Em Itanhaém, alunas da Universidade da melhor Idade, da Faculdade de Itanhaém, frequentam as aulas da disciplina de Geopolítica e Atualidades. “Geopolítica é o entendimento, a interpretação dos fatos políticos e econômicos que acontecem no mundo. Aqui trazemos um tema da atualidade e discutimos a forma como o fato aconteceu”, explicou a professora Fátima Plutarco. Os alunos tem entre 50 e 80 anos de idade. Para eles, assistir as aulas de Geopolítica é um meio de se manterem atualizados.
A jornalista aposentada Liege Castelli, 66 anos, considera fundamental estar sempre em dia com as notícias. “Além de nos mantermos informados passamos a enxergar a forma como as coisas acontecem. Não nos limitamos apenas a conhecer os fatos, mas em nos aprofundarmos no assunto”, disse ela. Geopolítica é uma das disciplinas da Universidade da Melhor Idade. “A universidade foi criada há dois anos e a cada dia atrai novos alunos”, afirmou a coordenadora da universidade, Júlia Simões Felgar.
Ela explicou que o curso para a terceira idade é contínuo. “Os alunos frequentam as aulas pelo tempo que quiserem. Não há avaliações e lista de presenças. São eles mesmo que organizam o programa de disciplinas. Geopolítica, por exemplo, foi escolhida por eles, assim como as aulas de informática, história regional e musicologia.
Na sala de aula, a satisfação de aprender coisas novas. “A Universidade é uma oportunidade para se desmanchar a imagem de que aos velhos só resta esperar a morte. Nada disso, aqui mostramos que ainda temos muito o que aprender e a oferecer”, afirmou a professora aposentada Mercedes Araújo Monteiro, de 67 anos.
A Universidade da Melhor Idade de Itanhaém tem cerca de 40 alunos, mas apenas dois homens. O entregador de leite aposentado, Carlos Honorato, 70 anos, matriculou-se na universidade com o fim de cursar informática para acompanhar os netos, mas também frequenta as outras disciplinas do curso. Porém, o que ele mais gosta é da companhia das colegas. “Eu sou muito sozinho e quando venho para cá, trocamos idéias, nos divertimos. Gosto bastante daqui”, disse Carlos.
Mas há quem queira ir ainda mais longe. “Há dois anos frequento a universidade. Os cursos são ótimos, mas já pedi a Júlia que o curso cresça ainda mais. Que tal um mestrado, pós graduação”, declarou animada Beatriz Condé Batista, 69 anos. “Como estou aposentada, decidi vir para a universidade e espero estudar até o fim da vida”, afirmou a professora Maria Tereza Saavedra, 60 anos.
“Acho que é muito bom, o que não dá é para parar no tempo”, completou Maria de Nóbrega Pereira, 68 anos. Os alunos pagam R$ 75 de mensalidade. Um valor que eles consideram simbólico, pois entendem que sempre é tempo para estudar e acreditam que adquirir novos conhecimentos não tem preço.
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