Estudantes de universidade pública protestam por melhores condições de alimentação

Na última terça-feira (27), um grupo de 150 estudantes da UNIFESP organizou uma manifestação no restaurante universitário, administrado por uma empresa terceirizada.

A principal reivindicação dos alunos é a falta de qualidade na alimentação fornecida.

Somado a isso, eles afirmam que, por muito tempo, foram negligenciados, enfrentando falta de diálogo e de resoluções para melhorar a qualidade da alimentação.

Histórico

Conforme relatos dos estudantes, nos últimos meses ocorreram casos como: parafusos encontrados na comida, episódios de racismo, ausência de coifa e de ventilação adequada na cozinha do restaurante, além da reivindicação por melhores condições de trabalho para os funcionários.

Nesta quarta-feira (28), os alunos farão duas novas assembleias, com a participação da empresa e da direção, às 13h e às 18h, para discutir melhorias na alimentação servida à comunidade acadêmica.

O que diz a UNIFESP

Em nota, a UNIFESP afirma que o Campus Baixada Santista "possui contrato regular com empresa terceirizada de alimentação, que também atende outros campi da universidade e instituições de educação superior. Todas as demandas dos estudantes estão sendo debatidas com o coletivo do campus, em um processo contínuo de escuta e aprimoramento".

O texto ressalta ainda que "somente no último mês, foram servidas 12.600 refeições, demonstrando a importância e a robustez do serviço no apoio à permanência estudantil. Aperfeiçoamentos são sempre bem-vindos, desde que construídos com diálogo e o comprometimento de toda a comunidade acadêmica".

A Universidade lembra ainda que "dispõe de canais oficiais para recebimento de denúncias, como o FalaBR, que garante os encaminhamentos institucionais necessários" e ressalta que "não foi registrada nenhuma denúncia formal de racismo relativa ao serviço de alimentação neste campus" até o momento. 

Por fim, a Unifesp informa que segue atenta e comprometida "com o enfrentamento de qualquer forma de discriminação, reafirmando nosso compromisso com uma universidade plural, inclusiva e antirracista".