Ela trabalha em um ateliê na sua casa, em Itanhaém, há cerca de cinco anos / Nayara Martins
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Criar peças únicas com tingimento natural e impressão botânica. É o trabalho da estilista Adriana Toledo que já conquistou vários clientes em Itanhaém. Ao criar peças exclusivas, em contato com a natureza, Adriana faz lenços com estampas de flores naturais e folhas secas e, ainda, chapéus com tingimento a base de terra e carvão.
Ela trabalha em um ateliê na sua casa, em Itanhaém, há cerca de cinco anos.
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Adriana já trabalhava como estilista em São Paulo, desde 2012, e já fazia tingimento em peças de roupas de festa com tom pastel, mas não era natural. Mas decidiu voltar para Itanhaém.E já atua com tingimento natural em chapéus de celulose, com terra, carvão e anil, há uns cinco anos.
“A partir deste trabalho comecei a pesquisar a impressão botânica. Fiz um curso de tingimento natural online e também outro curso presencial em São Paulo”, conta.
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Adriana explica como é o passo a passo para o tingimento nos lenços e a impressão botânica que faz há cerca de dois anos.
“O trabalho começa com a compra do tecido, pois o tecido deve ser orgânico ou seda para a impressão botânica. Preparo o tecido que vai para a água quente em temperatura certa e, em seguida, para o fixador. Cada planta reage de um jeito em cada tecido, mudando a cor”, explica.
A partir daí, ela estica o tecido em cima de um plástico preto em uma mesa e começa a criação com as flores naturais e secas, folhas secas e grãos, sementes e cascas no tecido.
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Esse tecido com as plantas vai ser enrolado no plástico e vai para a vaporização por cerca de uma hora. Após isso, ela vai abrir o plástico e ver o resultado, mas sempre é uma estampa diferente e uma surpresa.
Ela usa algumas flores, como a cosmo natural laranja, roxa, rosa, a macela seca e outras, além de cascas de árvores e folhas secas. Mas não é toda flor ou folha que pode ser usada. Um exemplo é a amora, cuja cor não pega no tecido.
“Todo o processo de impressão botânica é muito delicado e lento, mas isso me ajudou bastante com a ansiedade”, ressalta.
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Para concluir o trabalho, Adriana leva cerca de seis horas e faz até três lenços, usando a mesma técnica e plantas diferentes.
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As peças são únicas e cada uma sai com uma estampa diferente.
“Qual é o tipo de relação que temos com as nossas roupas? É preciso pensar na produção com o plantio do algodão e o que a natureza nos oferece”, reflete.
Algumas espécies de flores ela planta no jardim de sua casa e outras compra. Toda a matéria-prima das plantas que sobra, ela joga no quintal e acabam renascendo.
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Para divulgar a vender os lenços e chapéus, Adriana expõe na orla da praia do centro, em Itanhaém. E expõe os diversos lenços com estampas diferentes em um varal, na orla da praia, na parte da manhã aos domingos.
“Tenho clientes que já compraram os chapéus há cinco anos e contam que o trabalho tocou o coração. Fico feliz ao saber que as peças são valorizadas”, revela.
Os lenços podem ser usados de várias formas – na saia, na blusa, como top, no chapéu e em várias ocasiões.
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Adriana aceita encomendas e, ao vender para veranistas, envia as peças pelo correio.
Quanto aos planos futuros, Adriana quer aprender novas técnicas de tingimento e impressão botânica. “É um trabalho muito diferenciado e ilimitado e gostaria de passar isso para as pessoas”.
E vai participar de outro curso sobre outros tons de terra, que utiliza nos chapéus e também pode ser usada em madeira e em parede.
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A estilista também cria modelos de roupas e já fez desenhos de um vestido e um short com impressão botânica. E os enviou a uma costureira para fazer a roupa.
“A ideia é criar uma nova coleção com impressão botânica, com calças, shorts e vestidos, e confeccionar por encomendas, em parceria com a costureira”, revela.
Adriana tem divulgado o trabalho no Instagram @dritoledoestilista e entre suas clientes. O ateliê funciona na sua casa, no bairro Jardim Ivoty, em Itanhaém.