Seu túmulo é visitado por devotos que pedem por saúde dos filhos, proteção familiar e até namoro / Pexels
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A memória de Maria Helena Dias, uma criança que morreu atropelada aos 7 anos em 1965, na cidade de Itapetininga (SP), inspira uma intensa fé popular que culminou no pedido de sua beatificação no Vaticano, na Itália.
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Sessenta anos após o acidente fatal, que ocorreu ao sair da Escola Estadual Sebastião Villaça, o túmulo da menina no Cemitério Municipal São João Batista se tornou um notório ponto de peregrinação decorado com bonecas, terços e presentes. Moradores afirmam ter alcançado milagres por sua intercessão.
Assista abaixo uma entrevista do Portal das Cidades.
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Maria Helena, que nasceu em 5 de agosto de 1958, era filha de Benedito Dias Rodrigues e Rosalina Leme dos Santos, que vendiam balas no Centro da cidade de Itapetininga para ajudar a família.
Seu túmulo foi construído por um morador em agradecimento a uma graça alcançada e, desde então, é visitado por devotos que pedem por saúde dos filhos, proteção familiar e até mesmo ajuda para arranjar namorados.
O historiador e diretor do Instituto Histórico, Geográfico e Genealógico de Itapetininga (IHGGI), José Luiz Nogueira, ressalta a forma de agradecimento dos fiéis: “Toda graça alcançada por intercessão dela é sempre paga com presentes, doces, flores e bonecas”, explicou o historiador ao g1.
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Após a coleta de relatos de milagres, como o de um casal que teria engravidado após rezar para a menina, foi criado um abaixo-assinado solicitando a beatificação. O jornalista Marcello Zanluchi, que trabalhou no Vaticano, confirmou que atualmente há um processo aberto para análise de Maria Helena Dias, embora sem atualizações recentes.
O processo exige o envolvimento da Diocese de Itapetininga, que deve iniciar a investigação, buscar testemunhas e documentos para comprovar se a menina "viveu uma vida santa", assim como Carlo Acutis.
Somente após o encerramento da fase diocesana, os documentos são lacrados e enviados ao Dicastério para a Causa dos Santos, em Roma. Se um milagre for aceito pela Igreja e reconhecido pelo Papa Leão XIV, ela será declarada beata.
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Além dela, outros jovens santos incluem São Pancrácio de Roma, que foi decapitado aos 14 anos por se converter ao cristianismo, e Santa Joana D'Arc, que foi queimada viva aos 19 anos.
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