Uma das mais intensas e aguardadas chuvas de meteoros do ano terá seu ápice no céu brasileiro nas primeiras horas do dia 21 de outubro / Freepik/IA
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O fim deste ano não será o único a surpreender os amantes da astronomia. O ano de 2026 mal terá começado e já entregará aos observadores do céu um espetáculo duplo. Nos primeiros dias de janeiro, a Lua alcançará uma das fases mais brilhantes do ano, enquanto a primeira chuva de meteoros de 2026 entrará em atividade.
O encontro entre os dois fenômenos deve movimentar astrônomos, curiosos e viajantes que tradicionalmente aproveitam o verão para observar o céu noturno com mais calma.
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A expectativa gira em torno da Superlua de 3 de janeiro, marcada por um brilho mais intenso devido à proximidade do satélite com a Terra.
E, poucas horas depois, será a vez das Quadrântidas, chuva de meteoros conhecida pela intensidade — embora, desta vez, parte do brilho seja ofuscado justamente pela luz lunar.
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A primeira grande atração chega logo na manhã do dia 3, quando a Lua Cheia ocorrerá às 10h04 UTC. Por estar próxima do perigeu, ponto em que se encontra mais perto da Terra, ela parecerá ligeiramente maior e mais luminosa do que o habitual. Esse tipo de ocorrência é popularmente chamado de superlua.
Tradicionalmente, essa Lua Cheia do início de janeiro recebe nomes associados ao inverno no Hemisfério Norte. Povos nativos norte-americanos a chamavam de Lua do Lobo, associada aos uivos das matilhas famintas na estação mais fria do ano.
Também é conhecida como Lua Velha ou Lua Depois do Natal, reforçando o simbolismo ligado ao período pós-festas.
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Esta será apenas a primeira de três superluas previstas para 2026.
A mesma madrugada da Superlua marca o início do pico das Quadrântidas, chuva de meteoros que acontece anualmente entre 1 e 5 de janeiro. Em condições ideais, o fenômeno pode produzir cerca de 40 meteoros por hora, resultado da poeira deixada pelo objeto celeste 2003 EH1, provavelmente um cometa extinto.
O ponto máximo está previsto para a noite do dia 3 e o início da madrugada de 4 de janeiro. Entretanto, a luminosidade da Lua Cheia deve reduzir significativamente a visibilidade, deixando perceptíveis apenas os meteoros mais brilhantes.
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Ainda assim, especialistas recomendam buscar locais escuros, longe da iluminação urbana, especialmente após a meia-noite, para maximizar as chances de observação.
Os meteoros parecem surgir da constelação de Boötes, mas, como acontece com todas as chuvas, podem riscar o céu em qualquer direção.
Mesmo com a interferência do brilho lunar sobre a chuva de meteoros, a combinação dos fenômenos torna os primeiros dias de 2026 particularmente interessantes para quem acompanha eventos celestes.
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A temporada astronômica começa intensa e reforça um costume que cresce no verão brasileiro: aproveitar noites mais longas ao ar livre para observar o movimento do céu.
Nos próximos meses, outros eventos astronômicos também estão previstos, mantendo o início de 2026 como um período promissor para quem gosta de contemplar o universo.