Cotidiano

Especialistas transformam fruto amazônico em aditivo capaz de mudar a construção civil

O estudo mostrou que as cinzas do murumuru podem ser utilizadas como aditivo no concreto, melhorando seu desempenho e oferecendo benefícios ambientais, além de abrir espaço para novos mercados

Igor de Paiva

Publicado em 14/10/2025 às 21:55

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O estudo mostrou que as cinzas do murumuru podem ser utilizadas como aditivo no concreto, melhorando seu desempenho e oferecendo benefícios ambientais, além de abrir espaço para novos mercados / Divulgação

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O murumuru, fruto típico da floresta amazônica, é bastante conhecido no mercado de cosméticos por suas propriedades hidratantes, sendo amplamente utilizado na fabricação de sabonetes, cremes e xampus.

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Agora, uma pesquisa da Universidade Federal do Pará (UFPA) revelou que o fruto também pode ter aplicação na construção civil.

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O estudo mostrou que as cinzas do murumuru podem ser utilizadas como aditivo no concreto, melhorando seu desempenho e oferecendo benefícios ambientais, além de abrir espaço para novos mercados.

O avanço da ciência no Brasil pode trazer outros frutos. Veja também que uma Ilha perdida no Atlântico do tamanho da Islândia pode mudar economia do Brasil

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A pesquisa

O artigo, intitulado "Estudo da potencialidade da cinza da casca do murumuru, um resíduo agroindustrial amazônico, como filler no concreto estrutural", foi defendido em 2022. A escolha do murumuru se deu pelo alto volume de descarte do fruto e seu baixo aproveitamento.

O estudo começou com a coleta das cascas, realizada com apoio de uma cooperativa responsável pelo processamento do murumuru. As cascas foram queimadas a 200°C, peneiradas até virar um pó fino e incorporadas ao concreto e às argamassas.

Diversos testes garantiram a qualidade do material, mostrando que resíduos agroindustriais podem se tornar recursos valiosos na construção civil.

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Benefícios ambientais

O cimento é um dos materiais mais utilizados no mundo, mas também um dos maiores responsáveis por emissões de dióxido de carbono (CO), contribuindo significativamente para o aquecimento global.

A indústria cimentícia responde por cerca de 8% das emissões globais de CO, e a utilização das cinzas do murumuru como aditivo representa um passo importante na redução do impacto ambiental do setor.

Essa descoberta mostra como a ciência brasileira pode transformar resíduos em soluções sustentáveis, unindo inovação, economia e preservação ambiental.

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