Fortalecer a musculatura do abdome traz benefícios para além do tanquinho. / Imagem: Pexels
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Caminhar é uma prática comum entre pessoas com mais de 60 anos e costuma ser associada à manutenção da saúde. Apesar disso, especialistas alertam que essa atividade, sozinha, não é suficiente para preservar a força muscular na terceira idade.
Com o avanço da idade, o corpo passa por mudanças naturais que afetam músculos, ossos e articulações. Por isso, cresce a importância de escolher exercícios que ofereçam estímulos mais completos ao organismo.
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Pesquisas científicas indicam que a combinação correta de atividades físicas pode reduzir riscos e ajudar a manter a autonomia ao longo do envelhecimento. Aproveite e veja também: Idosos consomem 'veneno líquido' para os ossos quase todos os dias.
Um estudo publicado na revista Nutrients, elaborado por pesquisadores da USP e da Universidade Federal do Paraná, aponta a sarcopenia como um dos principais problemas associados ao processo de envelhecimento.
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A condição é caracterizada pelo enfraquecimento progressivo dos músculos, o que compromete força, equilíbrio e mobilidade, além de aumentar o risco de quedas e acidentes domésticos.
Sem estímulos adequados, essa perda muscular tende a se intensificar com o passar dos anos, afetando diretamente a qualidade de vida.
Especialistas explicam que há diferença entre apenas andar e caminhar corretamente. A execução adequada torna o exercício mais eficiente e seguro para o corpo.
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Durante a caminhada, a cabeça deve permanecer erguida, com o olhar voltado para frente. Os braços precisam acompanhar o movimento do corpo de forma natural.
Os passos devem ser firmes e decididos, enquanto a coluna deve se manter o mais ereta possível, ajudando a preservar o equilíbrio e a postura.
Quando realizada da forma correta, a caminhada pode prevenir diabetes, fortalecer músculos e reduzir o risco de quedas entre idosos.
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A atividade também ajuda a aliviar o estresse, melhora o bem-estar e pode contribuir para o funcionamento do intestino, trazendo benefícios ao dia a dia.
Apesar dessas vantagens, especialistas reforçam que a caminhada não oferece estímulo suficiente para combater a sarcopenia.
O mesmo estudo brasileiro recomenda que pessoas idosas incluam exercícios de força na rotina, estimulando diferentes grupos musculares.
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Mesmo em intensidade menor do que a aplicada em pessoas mais jovens, esse tipo de treino ajuda a preservar funções motoras e a estabilidade corporal.
A prática contribui para manter a independência e facilita a realização de tarefas cotidianas.
Pesquisadores da Universidade de Copenhague analisaram os efeitos do treinamento com pesos em idosos.
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“Até agora, os pesquisadores não haviam conseguido demonstrar que o treinamento com pesos poderia fortalecer a conexão entre os neurônios motores e os músculos. Nosso estudo é o primeiro a apresentar resultados que sugerem que esse é de fato o caso”, afirma Casper Søndenbroe, um dos autores.
Segundo o estudo, essa melhora na conexão neuromuscular contribui para movimentos mais seguros e eficientes.
Apesar dos benefícios, especialistas alertam que exercícios de força exigem atenção redobrada na terceira idade. Como músculos e ossos se tornam mais frágeis com o envelhecimento, a prática deve ocorrer sempre com acompanhamento profissional.
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Com orientação adequada, a combinação entre caminhada e exercícios de força se mostra uma estratégia eficaz para envelhecer com mais saúde e qualidade de vida.