Cotidiano
Os tutores devem ficar atentos aos sinais de superaquecimento, como ofegação intensa, língua muito vermelha ou arroxeada, salivação excessiva, fraqueza, vômitos, diarreia, tremores, convulsões ou desmaios
Para orientar a população, a médica-veterinária sanitarista Nanci do Carmo ressalta as principais medidas / Divulgação/Pexels
Continua depois da publicidade
Com a chegada das altas temperaturas, é fundamental redobrar os cuidados com cães e gatos. Além do desconforto causado pelo calor, o excesso de temperatura pode representar sérios riscos à saúde dos animais, como desidratação, queimaduras nas patas e intoxicações alimentares, podendo evoluir para quadros graves de hipertermia.
Para orientar a população, a médica-veterinária sanitarista Nanci do Carmo ressalta as principais medidas que ajudam a preservar a saúde e o bem-estar dos pets durante esse período.
Segundo a veterinária, manter os animais bem hidratados é fundamental. A recomendação é oferecer água limpa, fresca e disponível o tempo todo, com troca frequente ao longo do dia. Também é indicado espalhar mais de um recipiente pela casa, sempre em locais sombreados.
Continua depois da publicidade
Aproveite e veja também: Com fogos silenciosos, cidade do interior de SP se torna refúgio de Ano novo para pets
“Fontes de água podem estimular o consumo, principalmente entre os gatos. Alimentos úmidos, como sachês e patês próprios para pets, também ajudam na hidratação”, explica Nanci. Em dias muito quentes, pedras de gelo na água ou petiscos congelados específicos para animais podem ser utilizados.
Continua depois da publicidade
Os tutores devem ficar atentos aos sinais de superaquecimento, como ofegação intensa, língua muito vermelha ou arroxeada, salivação excessiva, fraqueza, vômitos, diarreia, tremores, convulsões ou desmaios. A hipertermia é considerada emergência veterinária e o animal deve ser levado imediatamente para atendimento.
Atenção: nunca deixe animais em carros fechados, nem por poucos minutos.
Cães idosos, filhotes e animais braquicefálicos (focinho curto), como pug, bulldog, shih-tzu e gatos persas, exigem cuidados extras. Esses animais têm maior dificuldade de regulação térmica. A orientação é evitar exposição ao sol, não forçar exercícios e manter ambientes bem ventilados.
Continua depois da publicidade
Os passeios devem ser realizados antes das 9h ou após as 18h. Um teste simples ajuda a evitar queimaduras: se o tutor não conseguir manter a mão ou o pé descalço no chão por cinco segundos, o local está quente demais para as patas do animal. Priorize gramados e áreas sombreadas e sempre leve água para o trajeto.
Durante o verão, especialmente em cidades litorâneas como Mongaguá, aumenta a incidência de doenças transmitidas por vetores, como a doença do carrapato, a leishmaniose e a dirofilariose (verme do coração), favorecidas pelo calor e pela umidade. Os sinais iniciais mais comuns incluem apatia, febre, falta de apetite, perda de peso e, em alguns casos, sangramentos.
A prevenção deve ser feita com o uso regular de antiparasitários, sempre com orientação veterinária, como coleiras repelentes, pipetas ou medicamentos orais. “Esses cuidados devem ser adotados preferencialmente antes da exposição ao ambiente de praia”, alerta Nanci.
Continua depois da publicidade
Além disso, é fundamental manter o ambiente limpo, evitar água parada e não utilizar produtos caseiros ou inseticidas domésticos nos animais, que podem causar intoxicações. Manter o calendário vacinal em dia e realizar a vermifugação periódica também são medidas essenciais, especialmente para pets que frequentam praias, praças ou têm contato com outros animais.
No verão, a ração não deve ficar exposta por longos períodos, pois o calor favorece a proliferação de fungos e bactérias. A alimentação deve ser armazenada em local seco e fresco, respeitando sempre a validade.
Alimentos típicos das festas de fim de ano representam risco para cães e gatos. Chocolate, uvas, passas, cebola, alho, ossos cozidos, bebidas alcoólicas, doces e carnes gordurosas podem causar intoxicações graves, pancreatite e até levar o animal a óbito.
Continua depois da publicidade
O bem-estar dos animais depende da observação constante dos tutores. Ao notar qualquer comportamento atípico, a recomendação é buscar orientação profissional imediata para garantir que o pet aproveite a estação com saúde e alegria.