Autópsias concluem que Juliana Martins faleceu devido politraumatismo / Reprodução/Instagram
Continua depois da publicidade
Foi divulgado o resultado da nova autópsia do corpo da brasileira que caiu em trilha no Monte Rinjani, Juliana Martins, que faleceu aos 26 anos.
O exame foi realizado novamente por pedido da família à Justiça, que alegou dúvidas em relação à primeira autópsia, feita na Indonésia.
Continua depois da publicidade
A médica Carolina Daitx, especialista em medicina legal e perícia médica, analisou os dois resultados e ressaltou os pontos de divergência entre ambos.
Os laudos das autópsias realizadas no Brasil e na Indonésia apresentam convergências em relação à principal causa da morte: politraumatismo provocado por queda de grande altura, com hemorragia interna severa.
Continua depois da publicidade
Entretanto, o laudo indonésio estimou um tempo de sobrevida de até 20 minutos após o trauma, enquanto o brasileiro concluiu um intervalo de 10 a 15 minutos, ressaltando ainda a presença de um "período agonal".
A especialista explica que as estimativas são imprecisas. “Ambas as estimativas de tempo devem ser interpretadas com cautela, pois não há como determinar com exatidão o estado clínico e neurológico de Juliana logo após a queda.”
Ela ainda explica que, se Juliana apresentava alterações de consciência ou trauma cerebral grave, o tempo efetivo de sobrevida pode ter sido ainda menor.
Continua depois da publicidade
A perita ressalta que o laudo brasileiro também não confirmou nem descartou a hipótese de uma segunda queda, por conta do estado do corpo, que foi congelado após o exame inicial na Indonésia.
“Essas diferenças refletem não contradições entre os laudos, mas os limites naturais da medicina legal diante de variáveis não observáveis no momento do óbito”, destaca a médica.