Cotidiano

Dezembrite: especialista crava que a época pode ser um catalisador de problemas de saúde

Com o estresse e a ansiedade em alta no fim do ano, cardiologista Fernanda Douradinho alerta para os impactos emocionais e físicos da chamada Síndrome de Takotsubo

Igor de Paiva

Publicado em 13/11/2025 às 00:20

Atualizado em 13/11/2025 às 20:45

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O período que antecede o encerramento do ano costuma vir carregado de tensões: é quando se acumulam pendências, surgem frustrações por objetivos não atingidos e se multiplicam as demandas sociais e familiares.

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Esse conjunto de pressões, conhecido como “Dezembrite”, não é mero desconforto — ele afeta diretamente o bem-estar. Levantamentos da International Stress Management Association (Isma-BR) apontam que, em dezembro, o estresse tende a ser 75% maior do que nos demais meses, enquanto os índices de ansiedade sobem cerca de 70% e os problemas de sono registram aumento de aproximadamente 38%.

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A cardiologista Fernanda Douradinho alerta que esse cenário de tensão pode desencadear a Síndrome de Takotsubo, conhecida como “síndrome do coração partido”. “A Takotsubo é uma condição cardíaca geralmente provocada por um estresse físico ou emocional muito intenso. Ela causa uma dilatação transitória do ventrículo esquerdo, fazendo com que o coração assuma o formato de um vaso japonês chamado takotsubo, usado para capturar polvos — e que dá nome à síndrome”, explica a médica.

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Os sintomas podem se confundir com os de um infarto: dor súbita no peito, falta de ar, palpitações e sudorese intensa. “Esses sinais devem ser levados a sério. É essencial procurar atendimento médico imediato, pois somente exames específicos, como ecocardiograma e cateterismo, podem diferenciar a Takotsubo de um infarto verdadeiro”, orienta Fernanda.

Segundo a cardiologista, a boa notícia é que o quadro costuma ter recuperação completa em poucas semanas, desde que o paciente receba o tratamento e o acompanhamento adequados. “O controle do estresse e o cuidado com o equilíbrio emocional são fundamentais para prevenir o problema e garantir uma boa recuperação”, destaca.

Fernanda reforça que, para atravessar o fim do ano de forma mais leve, é preciso desacelerar e respeitar os limites do corpo. “O coração e a mente estão profundamente conectados. Atividades físicas, sono adequado, lazer e apoio emocional são estratégias essenciais para proteger a saúde cardiovascular”, afirma.

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“O fim do ano deve ser um tempo de pausa e autocuidado — não de exaustão. Cuidar das emoções é também cuidar do coração”, conclui a especialista.

 

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