Cotidiano

Escorpiões já causaram quase 23 mil acidentes no estado de São Paulo neste ano

Governo Estadual alerta para cuidados e oferece 228 unidades com soro antiescorpiônico

Luna Almeida

Publicado em 05/08/2025 às 21:30

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Escorpionismo é o nome dado ao envenenamento causado pela picada de escorpião / Divulgação/Governo de SP

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O Estado de São Paulo já contabiliza 22.850 acidentes com escorpiões apenas neste ano, número que acende um alerta para a população e para as autoridades de saúde. As ocorrências resultaram em uma morte e revelam a importância de medidas preventivas, especialmente em períodos de altas temperaturas, quando os animais peçonhentos tendem a se proliferar.

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Para lidar com esse tipo de emergência, a Secretaria de Estado da Saúde mantém 228 pontos estratégicos de soro antiveneno distribuídos em diferentes regiões. 

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Esses locais estão preparados para atender casos envolvendo animais peçonhentos e oferecem o tratamento adequado com o soro específico.

O que é o escorpionismo?

Escorpionismo é o nome dado ao envenenamento causado pela picada de escorpião, que injeta veneno por meio de seu ferrão localizado na extremidade da cauda. Os efeitos são imediatos e, em casos graves, podem evoluir para situações potencialmente fatais.

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Sintomas e cuidados

Os sintomas variam conforme a gravidade do quadro. Inicialmente, pode haver dor intensa, vômitos, agitação, suor e aumento dos batimentos cardíacos. Em casos graves, os sinais incluem sonolência, tremores, convulsões, insuficiência cardíaca, salivação excessiva e até choque.

Crianças de até 10 anos são as mais vulneráveis, com maior risco de complicações e óbito.

A recomendação em caso de picada é procurar uma unidade de saúde o mais rápido possível. Levar o escorpião ou uma foto dele pode ajudar na identificação, mas não é obrigatório.

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A picada nunca deve ser espremida, sugada ou tratada com torniquete. O ideal é lavar o local com água e sabão, aplicar compressa morna e buscar atendimento imediato.

Espécies mais perigosas em SP

O escorpião amarelo é o mais comum e perigoso no estado. Mede até 7 cm, tem coloração amarelo-claro com manchas escuras e é responsável pelos acidentes mais graves.

Já o escorpião marrom possui corpo avermelhado escuro, patas claras e também pode atingir 7 cm. Embora menos comum, é igualmente perigoso.

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Outra espécie presente é o escorpião-amarelo-do-nordeste, que possui corpo amarelo, faixa escura no dorso e veneno potente.

Onde se escondem e como prevenir

Esses animais costumam se abrigar em locais próximos às residências, como terrenos baldios, entulhos, restos de construção, ralos, caixas e até dentro de roupas ou sapatos.

Para evitar acidentes, algumas medidas simples são recomendadas:

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  • Manter quintais e áreas externas limpos e sem entulho;
     
  • Evitar o acúmulo de lixo e folhas secas;
     
  • Usar telas em ralos e vedar frestas em pisos e paredes;
     
  • Guardar sapatos em locais fechados e sacudir roupas antes de vestir;
     
  • Usar luvas e calçados fechados ao manusear materiais empilhados

Onde buscar ajuda

Em caso de acidente, é fundamental procurar uma unidade de saúde. O Estado disponibiliza um painel digital que mostra os hospitais e postos de referência com soro antiveneno. O acesso pode ser feito pelo site.

A plataforma também permite acompanhar o número de ocorrências por tipo de animal peçonhento em tempo real. O painel está disponível no portal.

Com cuidados simples e informação, é possível reduzir os riscos e agir com rapidez diante de um acidente com escorpiões.

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