23 de Abril de 2024 • 22:25
As aulas presenciais são ministradas pelos professores pertencentes ao grupo de vacinação contra a Covid-19 / Divulgação/PMSV
O dia 7 de junho foi marcante para milhares de alunos e as centenas de professores da rede municipal de São Vicente. Após 14 meses de espera, o primeiro passo para o retorno às aulas foi dado nesta segunda-feira. Neste momento inicial, as escolas realizam um atendimento diário para, no máximo, cinco alunos por sala, com 90 minutos de aula.
“Cada unidade verificou as necessidades das crianças sem acesso à internet ou com alguma situação de vulnerabilidade social para esse retorno à escola”, destacou a secretária de educação, Nívea Costa Marsili.
Além da parte pedagógica, são seguidos os protocolos de distanciamento e higienização, com álcool gel disponível e uso obrigatório de máscara, tanto por parte dos alunos como também dos professores e funcionários.
Os gêmeos Leonardo e Lucas Nascimento, 7, cursam o segundo ano na EMEF Mário Covas Jr (Parque das Bandeiras), e estavam ansiosos para esse primeiro dia. Na porta da escola, os dois revelaram sentir “um frio na barriga” em reencontrar a professora. “Estamos muito felizes”, resumiu Leonardo. A mãe Vanessa também falou sobre a expectativa desse momento. “A gente fica feliz e ansiosa. Espero que eles aprendam melhor do que em casa”.
A preocupação de Vanessa é compreensível e o professor de matemática da mesma unidade, Ednilson Cândido dos Santos, lembra que o papel do professor é contribuir com a qualidade de aprendizagem, trabalhando a competência e a habilidade de cada criança. “Os alunos precisam de alguém com conhecimento teórico para essa aprendizagem, e na aula presencial cabe ao educador dar esse suporte necessário”, tranquiliza Ednilson.
Aluno do nono ano, Anderson Samuel, 15, concorda com o docente de matemática. “É muito bom voltar à escola, porque com o professor fica mais fácil entender a matéria. Em casa, nossos pais ajudam, mas não têm o mesmo entendimento para ensinar”, comentou.
Retorno
Com aulas presencias suspensas desde março de 2020 devido à pandemia, a rede de ensino de São Vicente anunciou em maio o plano de atendimento a alunos, de forma gradual e segura. O decreto 5552-A dispões sobre os critérios adotados.
Entre 31 de maio e 2 de junho, cada unidade traçou um planejamento para, a partir de 7 de junho, receber pequenos grupos de estudantes.
O atendimento prioriza os mais vulneráveis (que estejam em processo de alfabetização; com maior defasagem de aprendizagem; com dificuldade de acesso à tecnologia ou sem recursos apropriados para estudar de forma remota; que necessitem de alimentação escolar; e cuja saúde emocional estiver sob risco acentuado).
As aulas presenciais são ministradas pelos professores pertencentes ao grupo de vacinação contra a Covid-19, o que representa mais de 40% do quadro de educadores. Os demais, ainda não incluídos no perfil definido pelo Plano Estadual de Imunização, permanecem trabalhando remotamente.
Etapa seguinte
Após o recesso escolar (de 12 a 23 de julho), a Secretaria de Educação (Seduc) prepara o início de uma nova etapa no segundo semestre, a partir de 26 de julho, com atividades híbridas, seguindo um modelo de atendimento para cada fase de ensino e sempre com o cumprimento dos protocolos sanitários. O número máximo de alunos será de acordo com o espaço físico, seguindo os critérios do Plano São Paulo. A presença não será obrigatória, cabendo ao responsável optar pela continuidade das aulas exclusivamente remotas. Os detalhes serão definidos por meio de resolução da Seduc.
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