Cotidiano

Epidemia silenciosa: Infelicidade no trabalho atinge níveis recordes no Brasil em 2025

Ranking revela as ocupações com maior infelicidade; desgaste emocional, pressão e falta de propósito estão entre as causas

Ana Clara Durazzo

Publicado em 05/08/2025 às 09:00

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Funções como atendente de telemarketing, motorista de ônibus urbano, professor de escolas públicas e jornalista de redação aparecem entre as mais críticas / Nair Bueno/DL

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A insatisfação no trabalho deixou de ser apenas um desabafo de fim de expediente para se tornar um problema de saúde pública no Brasil. Em 2025, um novo ranking revelou as 14 ocupações com os maiores índices de infelicidade profissional no país, destacando que o descontentamento vai muito além do salário.

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A lista, composta por profissões que exigem contato direto com o público, enfrentam abandono estrutural ou são marcadas por rotinas desgastantes, escancara uma realidade que compromete não só a produtividade, mas também a saúde mental e o bem-estar dos brasileiros.

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Os empregos que mais adoecem

Funções como atendente de telemarketing, motorista de ônibus urbano, professor de escolas públicas e jornalista de redação aparecem entre as mais críticas. Todas compartilham um traço comum: altíssima pressão com baixíssimo retorno emocional ou financeiro.

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Confira a lista completa:

Atendente de telemarketing

Motorista de ônibus urbano

Operador de linha de produção

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Agente de cobrança

Caixa de supermercado

Professor de escolas públicas

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Auxiliar de limpeza

Trabalhador de call center

Recepcionista hospitalar

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Funcionário de fast food

Vendedor porta a porta

Auxiliar de enfermagem

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Securitário

Jornalista de redação

Setores como educação, saúde, atendimento e transporte público lideram os índices de esgotamento emocional. Muitos profissionais relatam trabalhar sob metas abusivas, jornadas exaustivas, ambientes tóxicos e ausência de reconhecimento, uma combinação que mina o senso de propósito e a motivação diária.

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O peso da infelicidade

Especialistas em psicologia organizacional apontam cinco grandes vilões da insatisfação no trabalho:

Salários baixos e metas inalcançáveis

Falta de reconhecimento e autonomia

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Assédio moral e competitividade excessiva

Trabalho repetitivo e sem impacto social

Limitações de crescimento profissional

A consequência é uma epidemia silenciosa de sintomas como ansiedade crônica, insônia, desmotivação, uso excessivo de medicamentos psiquiátricos e casos de burnout.

Empresas que ignoram esses sinais enfrentam altos índices de absenteísmo, rotatividade e queda de desempenho, o que compromete a sustentabilidade dos negócios.

A transição de carreira como saída

Em meio a esse cenário, muitos brasileiros têm buscado novos caminhos profissionais. A transição de carreira deixou de ser tabu e passou a ser vista como uma rota legítima para quem busca qualidade de vida.

Os primeiros passos incluem:

Identificar habilidades transferíveis (como empatia, comunicação ou gestão)

Investir em cursos técnicos ou digitais

Buscar mentoria e fortalecer o networking

Construir uma reserva financeira para o período de transição

Explorar áreas com mais propósito, liberdade e criatividade

Organizações também precisam se reinventar

A mudança, no entanto, não pode ser apenas individual. Empresas que querem reter talentos precisam transformar suas culturas organizacionais, adotando políticas de bem-estar mental, escuta ativa, flexibilidade e valorização humana.

A felicidade no trabalho, antes considerada um luxo, é hoje uma estratégia de performance e inovação.

Em um mundo em constante transformação, profissionais não buscam apenas estabilidade ou bônus — querem fazer parte de algo que tenha sentido. E isso pode ser o diferencial entre estagnar e evoluir no mercado de trabalho da próxima década.

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