Funções como atendente de telemarketing, motorista de ônibus urbano, professor de escolas públicas e jornalista de redação aparecem entre as mais críticas / Nair Bueno/DL
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A insatisfação no trabalho deixou de ser apenas um desabafo de fim de expediente para se tornar um problema de saúde pública no Brasil. Em 2025, um novo ranking revelou as 14 ocupações com os maiores índices de infelicidade profissional no país, destacando que o descontentamento vai muito além do salário.
A lista, composta por profissões que exigem contato direto com o público, enfrentam abandono estrutural ou são marcadas por rotinas desgastantes, escancara uma realidade que compromete não só a produtividade, mas também a saúde mental e o bem-estar dos brasileiros.
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Funções como atendente de telemarketing, motorista de ônibus urbano, professor de escolas públicas e jornalista de redação aparecem entre as mais críticas. Todas compartilham um traço comum: altíssima pressão com baixíssimo retorno emocional ou financeiro.
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Atendente de telemarketing
Motorista de ônibus urbano
Operador de linha de produção
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Agente de cobrança
Caixa de supermercado
Professor de escolas públicas
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Auxiliar de limpeza
Trabalhador de call center
Recepcionista hospitalar
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Funcionário de fast food
Vendedor porta a porta
Auxiliar de enfermagem
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Securitário
Jornalista de redação
Setores como educação, saúde, atendimento e transporte público lideram os índices de esgotamento emocional. Muitos profissionais relatam trabalhar sob metas abusivas, jornadas exaustivas, ambientes tóxicos e ausência de reconhecimento, uma combinação que mina o senso de propósito e a motivação diária.
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Especialistas em psicologia organizacional apontam cinco grandes vilões da insatisfação no trabalho:
Salários baixos e metas inalcançáveis
Falta de reconhecimento e autonomia
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Assédio moral e competitividade excessiva
Trabalho repetitivo e sem impacto social
Limitações de crescimento profissional
A consequência é uma epidemia silenciosa de sintomas como ansiedade crônica, insônia, desmotivação, uso excessivo de medicamentos psiquiátricos e casos de burnout.
Empresas que ignoram esses sinais enfrentam altos índices de absenteísmo, rotatividade e queda de desempenho, o que compromete a sustentabilidade dos negócios.
Em meio a esse cenário, muitos brasileiros têm buscado novos caminhos profissionais. A transição de carreira deixou de ser tabu e passou a ser vista como uma rota legítima para quem busca qualidade de vida.
Os primeiros passos incluem:
Identificar habilidades transferíveis (como empatia, comunicação ou gestão)
Investir em cursos técnicos ou digitais
Buscar mentoria e fortalecer o networking
Construir uma reserva financeira para o período de transição
Explorar áreas com mais propósito, liberdade e criatividade
A mudança, no entanto, não pode ser apenas individual. Empresas que querem reter talentos precisam transformar suas culturas organizacionais, adotando políticas de bem-estar mental, escuta ativa, flexibilidade e valorização humana.
A felicidade no trabalho, antes considerada um luxo, é hoje uma estratégia de performance e inovação.
Em um mundo em constante transformação, profissionais não buscam apenas estabilidade ou bônus — querem fazer parte de algo que tenha sentido. E isso pode ser o diferencial entre estagnar e evoluir no mercado de trabalho da próxima década.