Vários patinetes elétricos parados em uma rua no Brasil / Imagem gerada por IA
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A empresa russa Whoosh está determinada a devolver os patinetes elétricos às ruas brasileiras. Após um hiato de anos em que esse meio de transporte praticamente desapareceu das grandes cidades, a companhia investiu cerca de R$ 100 milhões para consolidar sua operação no país e tornar os equipamentos novamente parte da paisagem urbana.
Com presença em mais de 40 cidades da Rússia e operações em países como Cazaquistão, Geórgia e Bielorrússia, a Whoosh iniciou sua expansão internacional pelo Brasil em 2023, escolhendo a cidade de Florianopólis como porta de entrada.
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Segundo a empresa, a escolha se deu pelo potencial de mobilidade da cidade e pelo fato de o país ter um público jovem e aberto a novas soluções de transporte.
Em seguida, o serviço foi expandido para Porto Alegre (RS), Rio de Janeiro (RJ) e, mais recentemente, a capital paulista, onde já mantém uma operação ativa e em crescimento.
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Segundo a empresa, a expansão acontece "de forma responsável e alinhada às diretrizes de mobilidade urbana de cada município". Para isso, a Whoosh "avalia regularmente novas oportunidades para ampliar a sua presença no Brasil".
Em pouco mais de um ano, a empresa estruturou uma base robusta, que inclui mais de cinco mil de patinetes elétricos disponíveis por aplicativo e equipes locais de manutenção.
O investimento cobre desde a importação dos equipamentos até o treinamento das equipes, aluguel de galpões e montagem de centros operacionais. De acordo com a Whoosh, o objetivo é oferecer um serviço mais seguro, com controle rígido de velocidade, zonas de estacionamento delimitadas e tecnologia de bloqueio remoto — uma resposta direta às críticas e problemas enfrentados por empresas do setor que deixaram o país há alguns anos.
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A operação brasileira também se beneficia de melhorias no modelo de negócio. De acordo com Cadu Souza, diretor de operações da Whoosh no Brasil, o Brasil é um mercado estratégico para a Whoosh.
"Seguimos comprometidos em expandir nossa presença de maneira sustentável, com foco em inovação e segurança. A operação brasileira é conduzida por uma equipe nacional, que conhece de perto os desafios e as oportunidades da mobilidade urbana no país”, destaca.
A empresa implementou um sistema de cobrança por minuto que varia conforme o horário e a demanda, além de oferecer planos de uso recorrente para quem adota o patinete como meio de transporte diário. Outro diferencial é o uso de GPS de alta precisão para evitar que os veículos sejam abandonados em locais indevidos, algo comum em operações anteriores de outras marcas.
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A empresa também pretende expandir o serviço para outras capitais brasileiras, incluindo Belo Horizonte, Brasília e Recife, conforme a aceitação do público e a regulamentação de cada município.
Apesar dos desafios logísticos e regulatórios, a Whoosh acredita que o momento é propício para o retorno dos patinetes. A popularização de aplicativos de transporte e o avanço das políticas de mobilidade urbana sustentável abrem espaço para que soluções de micromobilidade voltem a ser bem-vindas nas cidades brasileiras.
O investimento de R$ 100 milhões, portanto, marca não apenas o retorno dos patinetes, mas também uma tentativa de reposicionar esse modal como símbolo de praticidade, tecnologia e consciência ambiental.
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