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Cotidiano

Empreiteiro afirma que pagou R$ 400 mil a grupo investigado

O empreiteiro queria obter recursos para executar obras de infra-estrutura na cidade

Publicado em 13/02/2013 às 15:38

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O dono da empreiteira Termaq, José Carlos Guerreiro, preso na Operação Santa Tereza, disse, em depoimento prestado à Justiça Federal na última segunda-feira, que pagou R$ 400 mil para que o empreiteiro Manuel Fernandes de Bastos Filho, dono da casa de prostituição WE, realizasse um projeto para liberar recursos do BNDES (Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social) para a Prefeitura de Praia Grande (SP), com a qual a Termaq mantém contrato.

O empreiteiro queria obter recursos para executar obras de infra-estrutura na cidade. Segundo o advogado de Guerreiro, Roberto Podval, a Termaq enfrentava problemas porque executou as obras por cerca de sete meses "sem remuneração".

O contrato original para execução das obras foi assinado entre a prefeitura e a construtora Latina, que repassou o contrato para a Termaq. "Passou o contrato para nós, com a anuência da prefeitura, e foi nessa época [janeiro de 2007] que eu fiquei sabendo que a prefeitura estaria tentando conseguir um empréstimo junto ao BNDES", disse o empresário a Marcio Ferro Catapani, juiz da 2ª Vara Federal.

Guerreiro, segundo Podval, resolveu então procurar o empreiteiro Bastos Filho, a quem conhecia há cerca de dez anos. Para executar o projeto, Bastos Filho, que está foragido, repassou a tarefa para o consultor Marcos Vieira Mantovani, que disse ter se associado "informalmente" a João Pedro de Moura, ex-assessor do deputado federal Paulinho (PDT-SP) e consultor da Força Sindical.

A forma de pagamento foi definida como "taxa de sucesso" -2% por parcela liberada pelo BNDES. A primeira e única liberação, de R$ 20 milhões, ocorreu em janeiro, o que gerou o pagamento de R$ 400 mil da Termaq. "Foi em torno de R$ 400 mil que a gente pagaria a partir de janeiro de 2008, porque, na verdade, a gente estava fazendo a obra, nós fomos até buscar o dinheiro em banco para poder tocar essa obra, porque não existia recurso", disse Guerreiro ao juiz.

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