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Cotidiano

Em Santos, filho cobra agilidade do SUS em tratamento da mãe

Se tratando de um câncer com metástase, a aposentada, que também possui problemas cardíacos, foi transferida para o Hospital Guilherme Álvaro, em Santos, cinco dias após ficar na Unidade de Pronto Atendimento (UPA) de Itanhaém

LG Rodrigues

Publicado em 10/06/2021 às 07:00

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Regina está internada no Hospital Guilherme Álvaro, em Santos / Arquivo Pessoal

O filho de uma aposentada de 66 anos cobra mais agilidade e transparência da equipe médica do Hospital Guilherme Álvaro, em Santos, onde ela está internada desde a segunda quinzena de maio. Em nota, secretaria de saúde do Estado afirma que paciente está recebendo assistência e será submetida a novos exames a partir de hoje (10).

Regina Teresa do Santos Humpel é moradora de Itanhaém e precisou receber atendimento médico no dia 20 de maio. Se tratando de um câncer com metástase, a aposentada, que também possui problemas cardíacos, foi transferida para o Hospital Guilherme Álvaro, em Santos, cinco dias após ficar na Unidade de Pronto Atendimento (UPA) de Itanhaém.

"Resumindo, ela primeiramente foi internada com falta de ar na UPA lá de Itanhaém, perto de onde ela mora. Como ela tinha uma consulta com um oncologista lá no [Hospital] Guilherme Álvaro, na semana que ela acabou sendo internada levaram ela lá, para ver se ela fazia a consulta, e acabaram internando ela lá mesmo", explica o gerente geral Guilherme Humpel, filho de Regina.

Ele explica que a mãe foi bem atendida e segue acompanhada pelos profissionais de saúde, mas afirma que foi 'deixado no escuro' quanto ao quadro clínico atual de Regina.

"O que vem acontecendo é: desassistida ela não está. O X da questão é que eu tô cobrando coisas da equipe médica que são do meu direito, como prontuário médico, porque eu quero saber o que estão receitando de remédio para ela. Eu preciso saber qual é a diretriz de tratamento, porque ela é uma paciente que foi diagnosticada agora com câncer de mama com metástase no pulmão e no fígado, eu não sei qual é o tratamento".

Não bastassem as complicações já preocupantes que se geram devido ao câncer, Regina também já convivia anteriormente com problemas de coração.

"Além do que, ela é uma paciente com problema coronariano, cardíaco, ela é paciente daqui do Incor (Instituto do Coração do Hospital das Clínicas da FMUSP) porque tem insuficiência cardíaca. Hoje (7) estou em São Paulo e quem está no meu lugar lá, hoje, é meu irmão, mas ela não tá sendo acompanhada por oncologistas junto com cardiologistas porque tudo que é feito de um lado, tem que ter parecer do outro", relata.

Guilherme diz que a mãe também deveria ter sido submetida a um exame de ecocardiograma durante a primeira semana de junho, mas isto não ocorreu. A preocupação aumentou nesta segunda semana quando a equipe médica informou aos filhos de Regina que ela havia contraído uma outra complicação durante o período de internação.

"Hoje, segundo meu irmão me falou, o médico passou e deu parecer que ela está com pneumonia hospitalar. Então o quadro dela vem agravando e eu acho, no meu ponto de vista, sem ser médico, que as coisas vão muito vagarosas, muito devagar se você considerar o quadro que tem um câncer de metástase e se trata de uma paciente com problema cardíaco. Independente de ser SUS ou não, eu acho que está tudo indo muito devagar. A cada dia que se passa é um dia a mais que poderia se fazer alguma coisa", finaliza.

O Diário do Litoral entrou em contato com o Estado para repassar os questionamentos de Guilherme. Em nota, a instituição afirma que Regina Humpel está recebendo toda a assistência necessária por equipes especializadas de oncologia e cardiologia no Hospital Guilherme Álvaro. Além disso, a instituição afirma que o exame de ecocardiograma está agendado para esta quinta-feira (10).

"Isto, inclusive, já foi comunicado à família e à própria paciente, que têm recebido todas as orientações e esclarecimentos necessários. A paciente está estável e recebendo o tratamento adequado ao seu caso, faz sessões de quimioterapia semanais e realizou procedimento de pulsação torácica com dreno para melhora do quadro clínico. Não há registros de solicitação de acesso ao prontuário por parte da família, contudo as equipes médicas seguem à disposição para eventuais dúvidas", conclui a nota.

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