Cotidiano

Em clique raro, maior beija-flor da Mata Atlântica é flagrado com carrapato na cabeça

Especialista explicou que é normal que algumas dessas aves tenham parasitas, como carrapatos e até mesmo ácaros

Márcio Ribeiro, de Peruíbe para o Diário do Litoral

Publicado em 24/09/2025 às 16:15

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O Beija-flor-rajado (Ramphodon naevius) é endêmico da Mata Atlântica / Márcio Ribeiro/DL

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Uma sorte no clique e um capricho da natureza proporcionaram uma imagem rara feita nas matas preservadas da Serra dos Itatins, em Peruíbe, litoral de São Paulo. Um beija-flor foi fotografado com um carrapato na cabeça.

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Quem aparece na imagem é o Beija-flor-rajado (Ramphodon naevius), considerado o maior beija-flor da Mata Atlântica, bioma onde a espécie é considerada quase ameaçada de extinção (NT), na lista da IUCN.

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Na ocasião da fotografia, o exemplar estava sendo sugado por um carrapato enquanto descansava em um pequeno galho. Como a ave não se intimidou com a presença do fotógrafo e de outras pessoas que andavam na mata, a cena causou preocupação quanto às condições de saúde da espécie.

O biólogo e ornitólogo Bruno Lima explicou que a ave não corre maiores riscos e que é normal que algumas delas tenham parasitas, como carrapatos e ácaros.

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“Se houvesse uma infestação, ele certamente estaria correndo risco de morte, devido à perda de sangue, o que também ocorre com qualquer outro animal infestado”, falou ele.

O Beija-flor-rajado (Ramphodon naevius) é endêmico da Mata Atlântica e vive no interior sombreado de matas de encosta em altitudes de 500 metros, principalmente em áreas de floresta ombrófila densa, na região do Vale do Ribeira, no estado de São Paulo.

Gosta de flores miúdas de bromélias e, como todos os beija-flores, é extremamente sensível a cores, sendo atraído por flores e objetos coloridos, principalmente o rosa, vermelho e o amarelo. Visita mais de 200 flores por dia e pode ser observado em jardins, desde que estes sejam próximos à vegetação nativa.

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No litoral de São Paulo, já foi registrado e pode ser visto em praticamente todas as cidades, incluindo Santos e São Vicente. Também pode ser encontrado na Mata Atlântica dos estados de Minas Gerais e Espírito Santo, até o Rio Grande do Sul.

Matéria originalmente publicada no Portal Editoria Livre / O Garoçá. Com informações do wikiaves.

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