X

Cotidiano

Eike Batista desiste de buscar acordo junto a CVM

O empresário manifestou interesse em firmar um termo de compromisso com o regulador do mercado brasileiro em 2 de dezembro, a exemplo dos demais envolvidos no caso

Pedro Henrique Fonseca

Publicado em 09/01/2014 às 20:04

Comentar:

Compartilhe:

A-

A+

O empresário Eike Batista desistiu de buscar um acordo junto a Comissão de Valores Mobiliários (CVM) para evitar ir a julgamento no processo sancionador que investigou irregularidades na divulgação de informações sobre a negociação com a Petronas, em 2013.

Acusado como presidente do conselho de administração da petroleira, Eike manifestou interesse em firmar um termo de compromisso com o regulador do mercado brasileiro em 2 de dezembro, a exemplo dos demais envolvidos no caso. No entanto, a defesa do empresário voltou atrás no dia 6 do mesmo mês.

A alegação é que ele não incorreu na irregularidade que lhe é imputada pela CVM: não agir para divulgar a informação relevante frente à omissão do então diretor de Relações com Investidores da companhia, Roberto Monteiro.

Eike Batista desistiu de buscar acordo junto a CVM (Foto: Divulgação)

"Diante da situação financeira em que a OGX se encontrava, não restava à administração da companhia outra opção, se não o sigilo das conversas que mantinha com a Petronas, ante a necessidade de fechar o negócio. A conclusão dessa operação era uma das poucas saídas que os administradores da OGX avistavam na época, e não podiam correr o risco de não a concretizar", diz o documento assinado pelo advogado Darwin Corrêa, do escritório Paulo Cezar Pinheiro Carneiro (PCPC).

A tese de que não se poderia exigir conduta diversa naquela situação também é usada na defesa de outros cinco executivos acusados - José Roberto Faveret, Luiz Carneiro, Paulo Guimarães, Reinaldo Belotti e Roberto Monteiro - conduzida por outra renomada banca, a Carvalhosa e Eizirik. Os juristas se apoiam no acordo de exclusividade firmado com a Petronas. O documento consta do processo e exigia confidencialidade sob risco de perda do negócio.

Assessorado pelo Motta, Fernandes Rocha Advogados, o empresário tunisiano Aziz Bem Ammar, ex-conselheiro da OGX, diz que esteve na Malásia, de abril a maio de 2013, conduzindo a principal fase de negociações com a Petronas. Por isso, alega, não manteve contato com diretores e conselheiros, nem recebeu demandas da CVM. À exceção de Eike, todos os executivos deverão propor acordos à CVM.

Apoie o Diário do Litoral
A sua ajuda é fundamental para nós do Diário do Litoral. Por meio do seu apoio conseguiremos elaborar mais reportagens investigativas e produzir matérias especiais mais aprofundadas.

O jornalismo independente e investigativo é o alicerce de uma sociedade mais justa. Nós do Diário do Litoral temos esse compromisso com você, leitor, mantendo nossas notícias e plataformas acessíveis a todos de forma gratuita. Acreditamos que todo cidadão tem o direito a informações verdadeiras para se manter atualizado no mundo em que vivemos.

Para o Diário do Litoral continuar esse trabalho vital, contamos com a generosidade daqueles que têm a capacidade de contribuir. Se você puder, ajude-nos com uma doação mensal ou única, a partir de apenas R$ 5. Leva menos de um minuto para você mostrar o seu apoio.

Obrigado por fazer parte do nosso compromisso com o jornalismo verdadeiro.

VEJA TAMBÉM

ÚLTIMAS

Polícia

Batalhão da PM de Santos tem mais de 200 munições roubadas

Crime teria ocorrido durante esta madrugada de domingo (5) para segunda, mas foi notado apenas pela manhã

Santos

No Mapa do Turismo Brasileiro, Santos se mantém no topo

Município mantém o patamar A no Mapa do Turismo desde 2017

©2024 Diário do Litoral. Todos os Direitos Reservados.

Software

Newsletter