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Cotidiano

Educadores anunciam greve de 24 horas em Santos

Aumento do número de casos de Covid na volta às aulas leva servidores da Educação a paralisar as atividades

Carlos Ratton

Publicado em 24/02/2021 às 07:00

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Educadores vêm alertando sobre os problemas de volta às aulas / Divulgação

"Dia de luta pela educação e pela vida!". Esse é o mote do movimento de educadores santistas, apoiados pelo Sindicato dos Funcionários Públicos Municipais de Santos (Sindserv), que culminou em uma greve geral de um dia marcada para amanhã (25). Um ato está previsto para as 10 horas, na Praça Mauá, em frente ao Paço Municipal. O Sindicato alerta para o distanciamento mínimo, o uso de máscaras e álcool gel.

"Nenhuma aula presencial! Estaremos todos que não são do grupo de risco na Praça de cabeça erguida", diz a direção do Sindserv, enfatizando que existe motivos que levaram os servidores a decidirem em assembleia por um dia de paralisação.

O Sindicato lembra que, além da volta às aulas presenciais em pleno pico de contágios e mortes, a terceirização das cozinhas e da Educação Especial, falta de manutenção nas escolas, de segurança e de diálogo da Secretaria de Educação, do prefeito e de condições mínimas de trabalho também estão na lista.

TENTATIVAS.

"Antes de tomar essa decisão, os servidores já haviam tentado de tudo para mudar todas essas situações. Atos, reuniões, panfletagem, passeata, fomos na Seduc, Paço Municipal, Câmara dos Vereadores, imprensa. Nada adiantou, o governo ignorou os trabalhadores, mães e pais de alunos", aponta o Sindserv.

"Muitos servidores de Santos já morreram para executar os serviços que são essenciais para a população. Lutar pela manutenção das aulas remotas, nesse momento, é lutar para que nenhum aluno ou trabalhador da Educação morra e ainda ajudar os profissionais da linha de frente", finaliza o Sindserv.

SINDEST.

O Sindicato dos Servidores Estatutários de Santos (Sindest) informou que esteve na UME Eunice Caldas a convite dos servidores.

Depois de uma conversa com professores, equipe técnica e de apoio, sugeriu para Secretaria de Educação e ao Programa Saúde na Escola (PSE) a suspensão das aulas presenciais por cinco dias na unidade em caso de confirmação de infecção por Covid-19.

"Nossa reivindicação primeira é abertura só com vacina, mas enquanto as autoridades não se convencem está seria uma medida de redução de danos", acredita a direção do Sindicato.

PREFEITURA.

A Secretaria de Educação (Seduc) esclarece que todos os casos suspeitos e confirmados de covid-19 estão sendo acompanhados pela Supervisão de Ensino e PSE. Também confirmou seis casos e 31 suspeitos, envolvendo 22 escolas, desde o início das aulas presenciais.

A pasta informa, ainda, que os indivíduos que tiveram contato próximo e por um período superior a 15 minutos, desses casos suspeitos/confirmados, em cada uma das unidades de ensino, foram afastados por medida de precaução.

A Prefeitura garante que ofertou, em dois períodos antes da volta às aulas, testagem rápida da Covid-19 a cerca de cinco mil servidores e profissionais que atuam nas UMEs e entidades subvencionadas: em novembro de 2020 e no final de janeiro deste ano.

Os profissionais considerados do grupo de risco para a doença foram afastados por precaução. Segundo levantamento feito em final de 2020, de 3.303 professores da rede municipal, 537 foram afastados (grupo de risco). Portanto, o ano letivo 2021 foi iniciado com 2.766 docentes no sistema gradual híbrido.

A Seduc frisa que as famílias que tiverem condição de risco maior ao agravamento da Covid, como pessoas com comorbidade em casa, idosos etc., assim como os pais que não desejarem enviar os filhos às escolas neste momento, podem optar por seguir com o aprendizado ao aluno no modelo remoto.

Vale destacar que as aulas foram retomadas na rede municipal no sistema híbrido, com retorno gradual das atividades presenciais, em dias alternados e limite da capacidade em até 20%, além de todos os protocolos sanitários e de segurança. (Carlos Ratton)

 

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