Cotidiano
Interdição prejudica moradores e comércio; autoridades acompanham projetos para liberar veículos leves e garantir recuperação total
Ponte Rio Casqueiro, que liga Santos e Cubatão, está interditada desde janeiro de 2025 / Reprodução/Google Maps
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A Ponte do Rio Casqueiro, que conecta Santos a Cubatão, permanece fechada desde janeiro, provocando transtornos significativos para moradores, comerciantes e transportadores que passam pelo local para transitar entre as cidades.
A interdição tem impacto direto na rotina de quem depende da ponte para o deslocamento diário, além de prejudicar o tráfego de caminhões que operam entre o Porto de Santos e o Polo Industrial de Cubatão, principais motores econômicos da região.
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Nas primeiras semanas de setembro, a deputada estadual Solange Freitas (União) se reuniu na sede da Ecovias, juntamente com o vereador Edson Mota (União), representante da Vila dos Pescadores, e Diego Silveira, do bairro Jardim Piratininga, em Santos, para acompanhar os planos de recuperação da ponte e reforçar a urgência das medidas.
Durante a reunião, a concessionária Ecovias - responsável pelo Sistema Anchieta-Imigrantes - apresentou dois projetos distintos:
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Plano emergencial: prevê o reforço estrutural dos pilares 8 e 9, permitindo a liberação do tráfego para veículos leves. Apesar da necessidade urgente, não há previsão definida para o início das obras.
Plano global: contempla a recuperação total dos 12 pilares da ponte, garantindo uma solução definitiva. O projeto funcional já foi protocolado junto à ARTESP no dia 5 de setembro.
A Ponte do Rio Casqueiro foi interditada devido a problemas estruturais que colocavam em risco a segurança de veículos e pedestres. Inspeções técnicas identificaram desgaste e fragilidade em alguns pilares, comprometendo a estabilidade da ponte.
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Diante desse cenário, as autoridades decidiram fechar o tráfego para evitar acidentes, sobretudo considerando o intenso fluxo de caminhões que circulam entre as cidades.
O impacto da interdição é sentido especialmente nos bairros próximos. O vereador Edson Mota, que também é morador da Vila dos Pescadores, destacou os problemas enfrentados pela população desde o bloqueio da passagem.
"A interdição da ponte gera um prejuízo grandioso para os moradores, principalmente da Vila dos Pescadores e da Vila Pelicas. Muitos comerciantes usam aquela ponte para se deslocar até Santos, para abastecer seus estabelecimentos e realizar compras semanais. Nossa luta é diária e intensa, e estamos na expectativa de que os problemas sejam resolvidos o mais breve possível", comenta.
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Interdição de ponte entre Santos e Cubatão gera riscos a pedestres
Da mesma forma, Diego Silveira, representante do Jardim Piratininga, em Santos, relatou os transtornos enfrentados por quem precisa lidar com uma “invasão” de veículos pesados dentro do bairro.
"A interdição da ponte tem afetado de forma muito significativa os moradores. Caminhões e veículos pesados têm entrado no bairro, danificando ruas, fiação e veículos estacionados, causando grandes transtornos diariamente. Esperamos que essas medidas sejam adotadas o mais rápido possível, pois o impacto na mobilidade da cidade é enorme."
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Segundo Silveira, a abertura da ponte Mariangela Duarte, que conecta a zona noroeste de Santos à Avenida Bandeirantes, acabou intensificando o problema, já que muitos motoristas desviam por ruas do Jardim Piratininga, prejudicando a infraestrutura local e a rotina dos moradores.
A deputada Solange Freitas reforçou seu compromisso em acompanhar de perto os projetos e cobrar por uma solução para o problema.
"Fui até a ponte com o vereador Edson Mota, vi de perto a situação e os transtornos para os moradores. Por isso, tenho buscado esse diálogo junto à Ecovias. Espero que a gente consiga ajudar a acelerar os trâmites para que, pelo menos, a obra emergencial saia o quanto antes."
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A expectativa é de que o plano emergencial consiga liberar os veículos leves ainda este ano, enquanto o plano global deve garantir a recuperação definitiva da ponte, evitando que problemas semelhantes se repitam no futuro.
Enquanto isso, moradores e comerciantes seguem lidando com os transtornos diários. O fechamento da ponte provocou congestionamentos nos horários de pico, alterações nas rotas de transporte de cargas e dificuldades de acesso a serviços essenciais.
A mobilidade de Santos e Cubatão permanece comprometida, tornando urgente a execução das obras emergenciais e a implementação do projeto definitivo.
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Em nota encaminhada à reportagem do Diário do Litoral, a Ecovias informou que a ponte sobre o Rio Casqueiro (SP-148, do km 58,7 ao km 59), localizada na Rodovia Anchieta, não integra o contrato de concessão da concessionária.
“No entanto, por solicitação do Departamento de Estradas de Rodagem (DER), por meio da agência reguladora ARTESP, a concessionária está desenvolvendo estudos para a recuperação emergencial da ponte, que apresenta risco estrutural”.
A concessionária ainda complementa que “os projetos básicos foram encaminhados recentemente para avaliação da agência, e as tratativas seguem em andamento junto ao órgão competente”.
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Já no que se refere ao tráfego no trecho entre Santos e Cubatão, a Ecovias garante que realiza o monitoramento contínuo da rodovia e atua para mitigar os impactos da alta demanda de veículos, especialmente nos horários de pico.
“A região é afetada por fatores externos à concessão, como o intenso fluxo de caminhões com destino ao Porto de Santos, o que reforça a necessidade de soluções estruturais integradas”, finaliza.