Cotidiano

Dos 7 mil trabalhadores motofretistas da região, 500 estão regularizados

Motoboys tinham até este sábado (2) para se adequarem às novas regras.

Pedro Henrique Fonseca

Publicado em 02/02/2013 às 15:06

Compartilhe:

Compartilhe no WhatsApp Compartilhe no Facebook Compartilhe no Twitter Compartilhe por E-mail

Continua depois da publicidade

O Sindimoto Baixada, sindicato representante dos motofretistas na Região, participou da manifestação de motoboys que parou o Centro de São Paulo na manhã ontem. Segundo o presidente do sindicato, Paulo César Barbosa, cerca de 80 trabalhadores subiram a serra para pedir a prorrogação do prazo para adequação às novas regras de segurança, que passam a vigorar a partir de hoje em todo o País.

“Nós não queremos adiar por adiar. Não somos contra a adequação. Só queremos mais um tempo para que todos possam se adaptar”, afirma Barbosa. Segundo ele, a categoria quer que todos tenham a mesma oportunidade. “Nem todos conseguiram fazer o curso e ainda tem os equipamentos e a regularização da carteira. Dos sete mil trabalhadores, só 500 conseguiram fazer o curso”, comenta.

Faça parte do grupo do Diário no WhatsApp e Telegram.
Mantenha-se bem informado.

Manifestação

A dispersão do protesto ocorreu após uma comissão do Sindicato dos Mensageiros, Motociclistas, Ciclistas e Mototaxistas de São Paulo (Sindimoto) entregar documento no escritório da Presidência da República em São Paulo.

Os motoboys aguardam uma resposta para impedir que a maior parte dos profissionais de motocicleta fique irregular com a entrada das novas regras de segurança. Participaram do movimento cerca de dois mil trabalhadores, segundo número da Polícia Militar. Para o sindicato, os manifestantes foram 20 mil.

Continua depois da publicidade

“Pedimos a flexibilização da regulamentação. No documento, a gente explica que não dá para começar a fiscalização agora, desse jeito”, disse Gilberto Almeida Gil, presidente do sindicato. Ele declarou que, caso a situação não seja revista, os protestos serão intensificados em todo o País.

“Do jeito que a categoria está, caso a situação persista, não vai ter jeito. Vai começar a estourar manifestação por todo o Brasil”, garantiu.

Segundo o Sindimoto, aproximadamente 200 mil pessoas trabalham como motoboy na Capital. Em todo o Estado, são cerca de 500 mil. De acordo com o Departamento Estadual de Trânsito de São Paulo (Detran-SP), até o momento, mais de 21 mil profissionais fizeram o curso de motofrete no Estado,sendo que 3 mil na Capital. O curso de 30 horas é uma das exigências apontadas pela norma do Conselho Nacional de Trânsito (Contran).

Continua depois da publicidade

Categoria quer que prazo para adequação às novas regras seja adiado (Foto: Agência Brasil)

Trabalhadores

O motociclista Carlos Silva, 44 anos, é um dos que ainda não conseguiram vaga para fazer o curso de aperfeiçoamento. “Disseram que só daqui a cinco meses”, relatou. Hoje, quando a norma entra em vigor, ele disse que irá trabalhar, mesmo estando irregular. “Não tenho como ter outra atividade. Vou ter que arriscar”, declarou.

Continua depois da publicidade

Apesar de ter feito o curso, Fábio Alex Amoedo, 36 anos, também irá trabalhar irregularmente a partir de amanhã, caso o prazo para a norma não seja revisto. “Paguei R$ 160 para fazer o curso, mas ainda não ajeitei a moto. Para mudar a placa (para categoria vermelha) tenho que pagar pelo menos R$ 500. Isso não é fácil”, informou.

As regras

A entrada em vigor da norma, editada em 2009, já foi adiada por duas vezes, segundo o Departamento Nacional de Trânsito (Denatran). Além do curso, é exigida do motorista a adoção de equipamentos de segurança como antena corta- pipa e protetor de pernas. O motociclista que descumprir as regras estará sujeito às penalidades previstas no Código de Trânsito Brasileiro, que pode chegar à multa de R$ 191,54, apreensão da motocicleta e até suspensão da carteira de habilitação, dependendo da infração.

Continua depois da publicidade

O Detran-SP informou também que a Associação Nacional dos Detrans (AND), em nome dos departamentos de trânsito de todo o País, encaminhou ofício ao Denatran solicitando que a fiscalização seja feita inicialmente de forma educativa. Segundo o órgão paulista, até o momento, não houve retorno do órgão federal.

Continua depois da publicidade

Mais lidas

Conteúdos Recomendados

©2024 Diário do Litoral. Todos os Direitos Reservados.

Software