Evento representa uma oportunidade única de aproximar o conhecimento tecnológico da realidade amazônica / Pixabay
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A tecnologia pode ser a próxima estrela quando o assunto é sustentabilidade e enfrentamento das mudanças climáticas. Nesta segunda-feira (10), foram apresentadas diversas ideias e propostas dentro do painel da Tech Zone, parte da agenda da 30ª Conferência das Partes (COP30), que acontece até sexta-feira (14), das 13h às 18h.
Reunindo pesquisadores, startups e gestores públicos da Amazônia, o encontro acontece no Parque de Ciência e Tecnologia (PCT) Guamá, em Belém, e promete ser um espaço dinâmico de diálogo, troca de experiências e demonstração de inovações que podem transformar a região amazônica em um modelo de economia verde e digital.
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A Tech Zone reúne governos, instituições de pesquisa, cooperativas e organizações internacionais em torno de um mesmo propósito: fortalecer a integração entre ciência, tecnologia e meio ambiente.
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De acordo com Carlos Maneschy, presidente da Prodepa, o evento propõe um debate aprofundado sobre o papel da inovação na preservação ambiental.
“Estamos promovendo, ao longo desse período, várias atividades que tratam diretamente do impacto ambiental — essa é a grande questão da COP30. A universidade, junto com institutos de pesquisa, está realizando uma plenária de cinco dias para discutir mudanças climáticas e preservação ambiental”, destacou.
Maneschy enfatizou ainda que o objetivo é aproximar a ciência da vida cotidiana.
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“Vamos ver pesquisadores apresentando novos modelos e formas de discutir um dos maiores desafios da atualidade. Estamos abrindo espaço para refletir como ciência, tecnologia e inovação podem impactar o dia a dia das pessoas”, completou.
A programação da Tech Zone está organizada em cinco eixos temáticos. Na segunda-feira (10), foram debatidas as Smart Cities, com ideias sobre inteligência artificial, monitoramento ambiental e cidades sustentáveis.
Na terça-feira (11), é a vez de falar sobre recursos hídricos da Amazônia, com foco na gestão da água e nas comunidades costeiras. Na quarta-feira (12), a pauta serão as tecnologias de preservação ambiental, incluindo o uso de satélites no monitoramento florestal.
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Na quinta feira (13), o debate será sobre bioeconomia e suas oportunidades para a região. Por fim, na sexta-feira (14), acontece o encerramento com o tema inovação, sustentabilidade e financiamento climático, discutindo perspectivas para o período pós-COP30.
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Para Lilian Haber, procuradora do Estado do Pará e presidente do grupo de trabalho sobre a Estratégia de Inteligência Artificial, o evento representa uma oportunidade única de aproximar o conhecimento tecnológico da realidade amazônica.
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“É interessante fazer o link entre a tecnologia e o nosso gostinho de tucupi, que é a nossa realidade. A tecnologia pode nos auxiliar muito, tanto no combate às mudanças climáticas quanto na implementação de políticas públicas ambientais. A Inteligência Artificial pode ajudar no monitoramento das águas, da poluição e até de vetores de doenças. Ela vai muito além de gerar textos — é uma ferramenta que melhora a vida da população”, explicou.
Segundo Renato Francês, diretor técnico do PCT Guamá, o diferencial da Tech Zone está no protagonismo regional.
“A Tech Zone fez um recorte totalmente diferente. Os problemas e as soluções apresentados aqui são da Amazônia e para a Amazônia. Desde cidades inteligentes até bioeconomia, tudo é desenvolvido por pesquisadores e startups locais. A COP discute o planeta, e nós discutimos a Amazônia — com seus desafios e suas soluções”, afirmou.
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A Tech Zone é uma realização conjunta do Parque de Ciência e Tecnologia Guamá (PCT Guamá), da Secretaria de Estado de Ciência, Tecnologia e Educação Superior, Profissional e Tecnológica (Sectet), da Fundação Amazônia de Amparo a Estudos e Pesquisas (Fapespa), da Prodepa e da Universidade do Estado do Pará (Uepa).
Com a união entre inovação e sustentabilidade, o evento reforça a importância de usar a tecnologia como aliada no enfrentamento das mudanças climáticas, mostrando que a Amazônia pode ser não apenas o coração verde do planeta, mas também o berço da transformação digital em prol do meio ambiente.