Do altar à mesa: o pão mantém força simbólica em rituais e religiões modernas

Celebrado nesta quinta-feira (16), o Dia Mundial do Pão vai além da homenagem ao alimento mais consumido do planeta. Em diferentes culturas e religiões, o ato de repartir o pão assume dimensões simbólicas que atravessam séculos e segue sendo reinterpretado em práticas espirituais contemporâneas.

Entre elas, as tradições da Wicca e do Neopaganismo incorporam o pão a seus rituais religiosos, associando o alimento à fartura, gratidão e comunhão com a natureza. Em cerimônias, o gesto de partir o pão representa o ciclo da vida, o esforço humano e o retorno da terra, numa releitura moderna de antigas celebrações agrícolas.

Alimento sagrado

Na história das religiões, o pão é um dos símbolos mais persistentes. No cristianismo, ele representa o corpo de Cristo. No judaísmo, aparece em rituais de Pessach e nas refeições sabáticas. Já no islamismo, é considerado dádiva divina e expressão de partilha.

Para além da fé, o pão também carrega significados sociais e culturais. “É o alimento que une classes, rituais e histórias, um símbolo de sobrevivência e comunhão”, afirma o historiador e gastrólogo fictício Carlos Menezes, autor de "O Mundo pelo Pão".

Originado há mais de 10 mil anos, o pão nasceu com as primeiras civilizações agrícolas, no Crescente Fértil, e atravessou impérios, rituais e revoluções. No Brasil, segue como item cotidiano e afetivo, seja na mesa de café da manhã ou nas celebrações religiosas que ainda o colocam no centro da experiência humana.

Veja um tutorial publicado pela Cozinha Roman.