Diário 25 anos: Bodas de Prata no jornalismo regional

Somos jornalismo. Essas duas simples palavras resumem o que é o Diário do Litoral neste quarto de século de existência completado hoje.

Nosso jornalismo é feito visando melhorar o cotidiano. Fazemos questão de, todos os dias, sair da zona de conforto. Por isso, investimos em profissionais inconformados e combativos.

Nessas duas décadas e meia de existência, seguimos fieis à reportagem, porque o verdadeiro jornalismo está compromissado com a verdade. Nossos profissionais insistem em investigar e apurar tudo com muito mais rigor do que antes, porque acreditam que é preciso diferenciar o Jornalismo do suposto jornalismo.

Do lema "A Verdade nas Bancas" nos tornamos mais multimídia do que nunca. Estamos no impresso, nas redes, no Twitter, Facebook, Instagram, WhatsApp e YouTube.

Temos programas diferenciados. O Diário 3X3 e o Minuto Diário, por exemplo, que são diretos da redação. O PodPovo, que tem entrevistas que vão ao encontro dos anseios da sociedade e, o Diário de Um Repórter, que é mensal e não tem medo de abordar assuntos polêmicos e de grande relevância, tudo cinematograficamente desenhado para você.

Também investimos em cinema. No ano em que completamos 25 anos, fomos coprodutores de dois documentários: Colchão de Pedra e Nossa Louca Resistência, que podem ser acessados em nossas plataformas digitais. O primeiro denuncia a discriminação e a violência sofrida por centenas de pessoas em situação de rua em Santos. O segundo mostra o passado e o presente do prédio do Antigo Hospital Psiquiátrico Anchieta, conhecido com a Casa dos Horrores, que sofreu intervenção municipal na década de 80 e hoje abriga 69 famílias.

Já atingimos a marca de mais de 25 milhões de visualizações de páginas. Hoje, o crescimento das nossas redes sociais vem sendo notável. Quando uma nova mídia é lançada, é sempre vista como revolucionária e transformadora, porém, mais tarde se descobre que a modernidade é importante, mas experiência e tradição jamais podem ser abandonadas. E, por isso, mantemos a nossa versão impressa nas bancas das nove cidades da Baixada Santista, porque somos o Diário do Litoral, somos conteúdo impresso e digital.

CORAGEM E OUSADIA

Nosso leitor sabe distinguir perfeitamente quem faz um jornalismo corajoso e ousado na Baixada Santista. Durante todos esses anos, foram inúmeras reportagens de destaque.

Fomos o primeiro veículo de informação a publicar, em 7 de setembro de 2006, junto com a Rede Bandeirantes, o esquema de pagamento de propina na Câmara de Guarujá, que ficou conhecido como 'Mensalinho'.

O Diário foi o primeiro veículo a ter acesso às imagens da atividade ilícita. O escândalo envolvendo o Legislativo e o Executivo estampou a capa do jornal no dia, após receber as imagens captadas no dia anterior por uma câmera escondida dentro do gabinete da presidência da Câmara.

Elas mostravam os vereadores recebendo envelopes que, supostamente, conteriam dinheiro. Os vereadores citaram o nome do prefeito. Eles foram acusados de receber propina para aprovar projetos do Executivo. O caso foi noticiado no telejornal Band Cidade.

Seis anos depois, em 2012, as páginas do Diário ganharam novamente destaque nacional, só que por intermédio do reconhecimento de entidades que avaliam o desempenho dos profissionais de Jornalismo.

Com a série Endinheirados, fomos finalistas do 57° Prêmio Esso de Jornalismo na categoria Informação Científica, Tecnológica ou Ambiental. As 11 reportagens denunciaram as graves restrições a banhistas em determinadas praias do Guarujá, fechadas ilegalmente por guaritas e guardas de segurança que faziam, e ainda fazem, triagem dos turistas que frequentam as praias.

"São verdadeiros paraísos ecológicos que alguns endinheirados achavam que eram de sua propriedade e impediam o livre acesso. Para impedir a presença dos menos favorecidos, chegaram até a formar milícias para que tivessem exclusividade em praias que pertencem a todos os brasileiros", relatava a série.

Por conta da série, nossos profissionais chegaram a sofrer ameaças. O Sindicato dos Jornalistas do Estado de São Paulo e entidades de defesa dos Direitos Humanos não só do Brasil, mas também do exterior, saíram em defesa dos jornalistas.

FIZEMOS HISTÓRIA

"Lembro como se fosse hoje. Quando chegamos, foi uma mistura de surpresa com indignação. Quem são esses forasteiros? Quem está por trás? Não dura seis meses! Como a verdade não tem validade, aqui estamos surpreendendo. Às vezes, contrariando quem não gosta de ser contrariado. Continuamos prontos e alertas aos verdadeiros princípios e combateremos, diuturnamente, qualquer forma de desvio. Poderíamos aqui citar, nessa nossa trajetória, inúmeros casos e tentativas de nos calar. Mas, para esses, os vejo em 2048, nos 50 anos", reflete Sérgio Souza, fundador do Diário do Litoral.

"Nascemos com a missão de ser uma voz investigativa, provocativa, independente, e hoje, 25 anos depois, esses conceitos nunca foram tão necessários. Do impresso, que mantemos com muita dedicação, ao digital, que nos possibilita um mar de oportunidades, seguimos firmes sendo um contraponto fundamental em nossa região. Agradeço a todos que fizeram e fazem parte de nossa história. Vamos por mais, sempre!", afirma o diretor-presidente, Alexandre Bueno.

"O Diário do Litoral nasceu com o objetivo de trazer conteúdo de relevância e crítico para uma região carente de veículos de comunicação comprometidos com os seus leitores e com o jornalismo verdadeiro, sem se preocupar com interesses políticos e pessoais. Nestes 25 anos de trajetória, continuamos trilhando a mesma estrada que faz parte da nossa essência", afirma o diretor de Conteúdo, Daniel Souza.

"Conhecemos bem o potencial de nossa equipe. Respiramos jornalismo todos os dias. Em cada página do impresso, em cada texto nas nossas plataformas, em cada videorreportagem, percebemos o quanto nossos jornalistas são dedicados e buscam incessantemente a verdade. Só ela faz a gente levantar todos os dias para continuarmos firmes e fortes na dura tarefa de informar", conclui o editor chefe, Arnaud Pierre Courtadon.