Esse tipo afeta principalmente indivíduos muito magros e com deficiências nutricionais severas / Freepik
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Durante o Congresso Mundial de Diabetes de 2025, que ocorreu entre 7 e 10 de abril, na Tailândia, a diabetes tipo 5 foi reconhecida oficialmente pela Federação Internacional de Diabetes (FDI).
Essa versão da doença afeta jovens de muito baixo peso, normalmente com IMC (índice de massa corporal) abaixo de 19, antes dos 30 anos Esse tipo está ligado à desnutrição e ainda é subnotificado e pouco compreendida.
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Esse tipo afeta principalmente indivíduos muito magros e com deficiências nutricionais severas.
Segundo a IDF, entre 20 e 25 milhões de pessoas no mundo convivem com a doença, especialmente em países da Ásia e África.
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Enquanto a diabetes tipo 1 é uma doença autoimune que destroi rapidamente a produção de insulina pelo pâncreas, o tipo 5 está relacionada a um menor formação de células beta pancreáticas.
Os mecanismos exatos da doença ainda não são totalmente conhecidos, porém uma das hipóteses é que a doença esteja associada à pouca massa celular pancreática.
Dessa forma, a capacidade de secreção de insulina dessas pessoas é menor.
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Para diferenciar os tipos de diabetes, é preciso fazer um exame de dosagem de anticorpos contra o pâncreas e a análise da reserva de insulina, medida pelo peptídeo C.
Enquanto no tipo 1, essa reserva se esgota muito rápido, no tipo 5, ainda há alguma produção de insulina, só que insuficiente para controlar a glicose.
Essa produção residual de insulina é a principal diferença da diabetes tipo 5 do tipo 1.
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A IDF observou que a diabetes tipo 5 atinge mais homens do que mulheres, especialmente aqueles que vivem em áreas rurais, onde o acesso ao diagnóstico é mais limitado.
Sem acompanhamento correto, muitos pacientes acabam sem reposição adequada de insulina, o que eleva o risco de complicações.
Ainda não há dados oficiais sobre o número de casos do novo tipo de diabetes no país. Alguns especialistas acreditam que esses casos podem ser erroneamente classificados como tipo 1.
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O Brasil ainda não tem experiência clínica significativa com essa doença, só conhecimento da associação do tipo a desnutrição e que o uso da insulina sozinha não reverte o processo.
Para o tratamento da doença, é importante oferecer reposição de insulina, reestruturação nutricional adequada, com reposição de proteína, carboidrato, micronutrientes e outras vitaminas essenciais para o funcionamento do corpo.