No entanto, especialistas apontam que o chocolate em si não é o vilão, mas sim os ingredientes presentes na maioria das versões industrializadas / Freepik
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Você sabia que no dia 7 de julho comemora-se em todo o mundo o Dia do Chocolate? A iguaria é muito famosa no Brasil. Um estudo da Nexus Pesquisa e Inteligência de Dados revelou que 59% dos brasileiros gostam de chocolate, sendo que 36% afirmam gostar muito.
A paixão nacional se reflete no aumento da presença do produto nos lares: a penetração passou de 85,5% em 2020 para 92,9% em 2024.
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De acordo com os dados mais recentes da Abicab (Associação Brasileira da Indústria de Chocolates, Amendoim e Balas), o consumo médio anual por pessoa chegou a 3,9 kg de chocolate, o maior índice dos últimos cinco anos.
Apesar de sua popularidade, o chocolate pode contribuir para o ganho de peso quando consumido em excesso. Isso se deve ao alto teor de açúcar e gordura, especialmente nas versões ao leite e branco, que também podem elevar o colesterol LDL (colesterol ruim) e os níveis de glicose no sangue.
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No entanto, especialistas apontam que o chocolate em si não é o vilão, mas sim os ingredientes presentes na maioria das versões industrializadas. O cacau, por outro lado, pode trazer benefícios à saúde cardiovascular, quando consumido com equilíbrio.
Segundo o Hospital Universitário de Jundiaí (SP), exageros no consumo de chocolate podem provocar efeitos colaterais como problemas gastrointestinais (náuseas, vômitos, diarreia), além de sobrepeso, obesidade e complicações metabólicas a longo prazo.
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Estudos apontam o chocolate amargo como o mais benéfico para a saúde. Uma pesquisa da Universidade de L’Aquila, na Itália, demonstrou que o consumo diário de chocolate com pelo menos 70% de cacau aumenta os níveis de HDL (colesterol bom) e melhora a resistência do LDL à oxidação, um processo associado à formação de placas nas artérias.
Outro estudo, da Universidade do Mediterrâneo Oriental, acompanhou consumidores habituais de pequenas porções de chocolate amargo durante seis meses. Os resultados apontaram queda de até 22% no colesterol LDL e redução significativa dos triglicerídeos.
Para aproveitar os efeitos positivos, nutricionistas recomendam optar por chocolates com no mínimo 70% de cacau e evitar o consumo em grandes quantidades.
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Entenda as diferenças entre os tipos
Chocolate ao leite: contém até 25% de cacau, leva leite na composição e é mais doce e calórico — o favorito do público, mas o menos indicado para consumo frequente.
Chocolate meio amargo: tem entre 35% e 50% de cacau, com menos açúcar e, geralmente, menos calorias. É uma opção mais equilibrada.
Chocolate amargo: possui mais de 51% de cacau e é o mais recomendado para quem busca benefícios à saúde, desde que seja consumido com moderação.
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Conclusão
Chocolate pode sim fazer parte de uma alimentação equilibrada — o segredo está na qualidade do produto e na quantidade consumida. Versões com maior teor de cacau são mais saudáveis e oferecem vantagens para o coração, mas o consumo consciente é essencial para evitar os efeitos negativos.