Além da floresta amazônica a diversidade de biomas que coloca o Brasil no centro da COP 30 / Kennedy Silva / Wikipedia, CC BY
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Em meio ao foco global na Amazônia durante a COP no Pará, é importante lembrar que o Brasil abriga outros biomas igualmente estratégicos — todos enfrentando ameaças comuns, como desmatamento, avanço agropecuário e perda acelerada de vegetação nativa.
Desde 1985, o país já perdeu mais de 117 milhões de hectares de cobertura natural, afetando não só florestas, mas também áreas costeiras e marinhas fundamentais.
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Cada bioma tem seus próprios desafios: o Cerrado, berço das principais bacias hidrográficas; a Mata Atlântica, reduzida a fragmentos; a Caatinga, marcada pela desertificação; o Pantanal, vulnerável a queimadas; e o Pampa, pressionado por monoculturas.
A Amazônia, por sua vez, sofre com desmatamento, mineração ilegal e conflitos fundiários, apesar de sua importância climática e cultural.
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Proteger esses ecossistemas é essencial para a biodiversidade, para o clima e para o bem-estar das populações que dependem deles. Isso passa por fortalecer a legislação, ampliar áreas de conservação, combater queimadas e integrar políticas públicas com ciência e tecnologia.
Ao mesmo tempo, iniciativas locais vêm mostrando que a conservação é possível quando comunidades tradicionais, indígenas e produtores rurais são incluídos nas decisões.
Projetos de manejo sustentável, sistemas agroflorestais e recuperação de áreas degradadas já demonstram resultados concretos em várias regiões do país, provando que desenvolvimento econômico e preservação ambiental podem caminhar juntos.
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Outro ponto decisivo é a necessidade de ampliar investimentos em monitoramento ambiental e inovação. Satélites, inteligência artificial e bancos de dados integrados têm capacidade de identificar desmatamento em tempo real, prever riscos climáticos e orientar ações preventivas.
Com tecnologia e cooperação entre governos e sociedade, o Brasil pode assumir um papel ainda mais protagonista na agenda climática global.
Maior floresta tropical do mundo, a Amazônia abriga uma biodiversidade única e desempenha um papel essencial na regulação do clima. Apesar disso, sofre pressão intensa por desmatamento, garimpo e conflitos fundiários. Sua proteção é crucial para equilibrar chuvas, temperatura e manter culturas tradicionais vivas.
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Conhecido como “berço das águas”, o Cerrado alimenta algumas das mais importantes bacias hidrográficas do país. É um bioma rico em espécies resistentes ao clima seco, mas é também o mais pressionado pela agricultura e pecuária. A perda do Cerrado compromete rios, nascentes e a segurança hídrica do Brasil.
Um dos biomas mais biodiversos do planeta, a Mata Atlântica foi reduzida a menos de 15% de sua cobertura original. Localizado nas áreas mais povoadas do país, enfrenta urbanização, poluição e fragmentação florestal. Mesmo assim, abriga fauna e flora únicas, além de proteger mananciais que abastecem milhões de pessoas.
Exclusiva do Brasil, a Caatinga tem vegetação adaptada a longas secas e altas temperaturas. Hoje, enfrenta o avanço da desertificação, da degradação do solo e do uso inadequado da terra. Sua preservação é vital para as comunidades do semiárido e para a manutenção da biodiversidade típica da região.
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Maior área úmida do mundo, o Pantanal é famoso por sua fauna abundante, especialmente aves, onças e espécies aquáticas. Nos últimos anos, queimadas severas e mudanças no regime das chuvas colocaram o bioma em risco. A conservação do Pantanal depende do controle do fogo e da proteção de seus rios.
Localizado no sul do Brasil, o Pampa tem vastas áreas de campos naturais que sustentam atividades tradicionais, como a pecuária. A expansão de monoculturas e a substituição de vegetação nativa ameaçam sua paisagem e biodiversidade. Proteger o Pampa significa preservar culturas regionais e um ecossistema único.
Informações obtidas pelo The Conversation
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