A medida tem gerado forte reação de entidades de proteção animal e especialistas / Freepik
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O debate sobre a presença de pitbulls volta ao centro das atenções no Rio Grande do Sul após a apresentação de um projeto de lei que propõe a extinção gradual da raça no estado. A proposta, apresentada pelo deputado estadual Elizandro Sabino (PRD), prevê a proibição da criação, comercialização e circulação desses cães, além da castração obrigatória a partir dos seis meses de idade.
O parlamentar afirma que o objetivo é reduzir os ataques e garantir mais segurança à população, especialmente a crianças e idosos.
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A medida, no entanto, tem gerado forte reação de entidades de proteção animal e especialistas, que defendem que o problema está no manejo inadequado e na falta de políticas públicas de conscientização, e não na raça em si.
Henrique Noronha, secretário-geral do Conselho Regional de Medicina Veterinária do estado, criticou a iniciativa, afirmando que eliminar uma raça não é uma solução eficaz.
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Para ele, o foco deve ser o estímulo à criação responsável, com tutores conscientes, criadores idôneos e programas de socialização dos animais.
Enquanto o projeto divide opiniões, a discussão sobre segurança, responsabilidade e direitos dos animais volta a se intensificar.
De um lado, há quem veja a proposta como uma resposta aos recorrentes ataques registrados; de outro, especialistas alertam para o risco de que medidas radicais levem à estigmatização e ao abandono de cães que, quando bem cuidados, podem ser dóceis e equilibrados.
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