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Cotidiano

Defesa Civil mantém atenção em áreas de risco na Baixada

Famílias de Guarujá e Cubatão tiveram suas casas condenadas

Publicado em 20/01/2013 às 11:39

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A Defesa Civil de Santos mantém nível de atenção porque ainda há risco de deslizamentos, uma vez que há previsão de mais chuva para os próximos dias. Entre segunda-feira e a tarde de ontem o índice pluviométrico alcançou 301,2 milímetros.

Somente na segunda-feira choveu perto do que era esperado para todo o mês de abril — 188,9 milímetros. O volume esperado para o mês todo era 200 milímetros. Quando a quantidade de chuva ultrapassa 100 milímetros a Defesa Civil muda o nível de observação para atenção, devido a maior propensão de deslizamentos nas encostas.

Apesar de o tempo apresentar sensível melhora durante o dia de ontem com alternância entre períodos de sol e chuva, o chefe do Departamento de Defesa Civil de Santos, Emerson Marçal, afirmou que o risco de deslizamentos continua porque o solo nas encostas ainda está encharcado.

Marçal explicou que a recuperação do solo leva pelo menos três dias a partir do momento que para de chover. Enquanto isso, a Defesa Civil mantém nível de atenção e monitoramento das moradias em situação de risco, que chegam a 1.009.

Marçal disse que até ontem foram contabilizadas 78 chamadas, mas que apenas ocorrências leves foram notificadas de terça-feira para quarta-feira. Na última terça-feira, a Defesa Civil interditou cinco imóveis no sopé do Morro do Pacheco e quatro moradias no Morro da Caneleira.

O chefe da Defesa Civil de Santos disse ainda que a previsão é de chuva, instabilidade e nebulosidade para os próximos dias, que deve se estender no final de semana, devido a uma frente fria que se instalou sobre a Região Sudeste.

Guarujá

A Defesa Civil de Guarujá realizou 27 vistorias técnicas nos morros Vila Baiana, Cachoeira, Engenho, Asa Delta, Bela Vista, além da entrada do bairro Santa Cruz dos Navegantes e Vila Edna.

No total a Defesa Civil recebeu 48 chamadas. Dez ocorrências ocasionaram remoções de famílias. Destas, seis residências foram totalmente interditadas e cinco parcialmente.

Segundo o diretor da Defesa Civil de Guarujá, Ademir Altman, 21 adultos e dez crianças estão desalojados, mas abrigados em casas de parentes e amigos. Altman disse que de 7 horas de segunda-feira às 7 horas de quarta-feira o índice pluviométrico foi de 189,6 milímetros de chuva. No período de 24 horas, entre terça-feira e quarta-feira o volume de chuva foi de 82,4 milímetros.

Cubatão

A Defesa Civil de Cubatão contou ontem com técnicos do Instituto Geológico (IG) do Estado nas vistorias realizadas em áreas de maior risco, identificadas na Mantiqueira e no Grotão.

Segundo o coordenador de Defesa Civil, José Antonio dos Santos, na Mantiqueira há oito pontos de deslizamento, onde foram condenadas duas moradias que terão que ser demolidas. Outras dez moradias continuarão sendo monitoradas pelos técnicos. O Centro Comunitário do bairro está abrigando 12 adultos, 11 crianças e um adolescente.

Já no Grotão, um deslizamento atingiu três moradias, cujas famílias estão alojadas em casas de parentes. De acordo com laudo do IG, sete moradias do Grotão serão removidas e outra quatro serão monitoradas durante todo o período crítico de chuvas.

Santos disse que foram constatados dois deslizamentos em Pilões e uma casa ficou comprometida. Já na Cota 200, apesar da ocorrência de deslizamentos em dois pontos, não há risco para os moradores, mas a Defesa Civil providenciou a cobertura do local para evitar que o solo encharque mais, propiciando novo deslizamento.

O secretário de Meio Ambiente de Cubatão, Vanderlei Oliveira, afirmou que solicitará ao Governo do Estado auxílio-moradia para as famílias que tiveram suas casas condenadas e não estão inscritas no Programa de Desafetação da Serra do Mar do Governo do Estado. O volume de chuva dos últimos três dias atingiu aproximadamente 300 milímetros.

Serviço

A população também pode reforçar o monitoramento nas áreas de risco, principalmente encostas, verificando sinais de deslizamento onde residem como trincas nas paredes e no solo, principalmente perto de encostas. Em caso de perigo, a Defesa Civil recomenda deixar a moradia e levar somente os documentos. Ao verificar qualquer sinal de risco, basta acionar a Defesa Civil, no telefone emergencial 199 de sua cidade.

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