Cotidiano
O motivo vai muito além da química: está diretamente ligado às emoções, memórias e experiências sensoriais que esses aromas despertam
Uma pesquisa realizada por universidades internacionais revelou que três cheiros considerados incomuns estão entre os favoritos de muitas pessoas / Pexels
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Nem sempre são perfumes sofisticados ou flores exóticas que ganham o apreço do olfato humano. Uma pesquisa realizada por universidades internacionais revelou que três cheiros considerados incomuns — terra molhada, gasolina e couro — estão entre os favoritos de muitas pessoas. O motivo vai muito além da química: está diretamente ligado às emoções, memórias e experiências sensoriais que esses aromas despertam.
O chamado petrichor, aroma que surge quando a chuva cai sobre o solo seco, é resultado da liberação de compostos como a geosmina — produzida por bactérias do solo — e óleos das plantas. Para muitos, esse cheiro simboliza conexão com a natureza e desperta lembranças da infância, como brincar ao ar livre após um temporal. É um dos exemplos mais marcantes da força da memória olfativa.
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Por que só algumas pessoas conseguem sentir o 'cheiro de chuva'?
O cheiro da gasolina, por sua vez, costuma estar ligado a memórias de viagens de carro e momentos nostálgicos de aventura. A presença do benzeno nesse combustível estimula temporariamente o cérebro, gerando uma sensação breve de euforia. O fascínio, no entanto, não se explica apenas pela reação química, mas pela associação emocional com experiências marcantes vividas em família ou com amigos.
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Já o couro, encontrado em jaquetas, bolsas e carteiras, é associado a qualidade, durabilidade e sofisticação. Seu aroma remete ao trabalho artesanal e a um passado refinado. Os óleos naturais presentes no material intensificam a experiência olfativa, reforçando a sensação de exclusividade e apego ao cheiro.
Segundo especialistas, o fascínio por cheiros incomuns mostra como o olfato tem um papel central na construção da identidade e das emoções humanas.
Mais do que moléculas no ar, esses aromas atuam como gatilhos de memória e emoção, explicando por que algo aparentemente estranho, como o cheiro de gasolina, pode ser tão querido.
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