Datena busca acordo com Marçal um ano após cadeirada na TV Cultura

O apresentador José Luiz Datena informou em petição que tem interesse em tentar um acordo com Pablo Marçal, um ano após dar uma cadeirada ao vivo no ex-coach. A Justiça paulista agendou a audiencia de conciliação entre as partes para o próximo dia 2 de outubro. As informações são do jornalista Rogério Gentile, do UOL.

Ano passado, Datena e Marçal trocaram uma série de ofensas durante um debate politico na TV Cultura, mesmo período em que disputavam a prefeitura de São Paulo. Após ser chamado de "arregão", o jornalista ficou enfurecido e atingiu o adversário com uma cadeira.

Os dois trocaram processos depois do episódio inusitado. A audiência de conciliação será na ação em que Datena reclama por ter sido chamado de "Jack", um termo citado dentro dos presídios brasileiros para se referir a pessoas que foram condenadas por estupro. Ele afirma que Marçal repetiu a ofensa em vídeo publicado depois do debate.

Processo duplo

No processo, Datena pedia uma indenização de R$ 100 mil, porém a ação foi julgada improcedente em maio pelo juiz Christopher Alexander Roisin. O magistrado alegou que, embora irônico, Marçal não teria chamado o jornalista de estuprador. A defesa do ex-coach seguiu a linha de que ele apenas exerceu seu direito legitimo de liberdade de expressão.

O apresentador recorreu da sentença e terá a audiência em segunda instância realizada pelo Centro Judiciário de Conciliação. A sessão ocorrerá por videoconferência, evitando novas cadeiradas. A audiência pode abordar termos do processo aberto por Marçal, que ainda não foi julgado.

Nesta ação, Marçal afirma que a cadeirada resultou em "lesões físicas graves", algo que exigiu que ele fosse imediatamente socorrido no Hospital Sírio Libanês, onde foi "constatada uma fratura no sexto arco costal e uma lesão no punho direito". Ele também pede uma indenização de R$ 100 mil, mas Datena sequer apresentou a defesa.

Na época da violência, Datena divulgou uma nota dizendo que não defendo o uso de violência e reconhece que cometeu um erro ao agredi-lo. Contudo, ele não se arrepende "de forma alguma" e garantiu que repetiria a cadeirada diante de novas agressões verbais.